Economia

Setor de seguros em Roraima arrecadou R$77 milhões em 2023

Dentre os produtos com maior destaque no período, os Planos de Riscos, que contemplam Vida, Viagem e Prestamista, tiveram alta com R$ 19,1 milhões arrecadados

O setor de seguros de Roraima arrecadou mais de R$ 76,7 milhões, sem os planos de saúde suplementar e sem o DPVAT, representando uma alta de 4,7% na demanda pelos produtos. Os dados são referentes ao primeiro trimestre de 2023, quando comparados ao mesmo período em 2022.

Conforme o levantamento produzido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), os Planos de Riscos, que contemplam Vida, Viagem e Prestamista, tiveram alta de 49,8%, com R$ 19,1 milhões arrecadados. Já nas indenizações, o aumento foi de 281,3%, com R$ 41,3 milhões. 

Nacionalmente, dados da CNseg mostram que o setor pagou mais de R$ 59,5 bilhões aos segurados, uma alta de 1,2%, e arrecadou mais de R$ 90,4 bilhões, um crescimento de 10%, ante o mesmo período do ano anterior. O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, destaca que o setor segurador tem um potencial extraordinário de crescimento. 

“Para alcançar esses objetivos, temos trabalhado intensamente em várias frentes para tornar o setor mais bem compreendido pela população, pela sociedade organizada e pelos governos. Importante mostrar que o seguro é um serviço único, capaz de oferecer soluções para os mais diversos anseios da sociedade e das economias modernas”, disse.

Sem saúde suplementar e DPVAT


Seguro para o trânsito não é obrigatório desde 2019. (Foto: arquivo/FolhaBV)

O levantamento desconsidera os planos de saúde e o seguro em caso de acidentes. Isso porque, apesar do aumento no setor, os seguros nessas áreas enfrentam crises desde o fim da pandemia.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) os planos de saúde médico-hospitalares registraram um prejuízo operacional de R$11,5 bilhões em 2022, o pior registrado desde 2001. 

“Entre os fatores que impactam esses resultados estão o crescimento da frequência de uso dos planos de saúde; o fim da limitação de consultas e sessões de terapias ambulatoriais com fonoaudiólogos, psicólogos, entre outros; o aumento do preço de insumos médicos; a obrigatoriedade de oferta de tratamentos cada vez mais caros, com doses a cifras milionárias; a ocorrência de fraudes; e a judicialização”, destacou a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).

Sobre o DPVAT, o seguro não é cobrado desde 2019, quando o governo Bolsonaro extinguiu a obrigatoriedade do pagamento. Atualmente a cobertura é realizada pelo fundo, administrado pela Caixa Econômica. No entanto, as seguradoras já preparam propostas para defender a obrigatoriedade do seguro.