Economia

Produtores de soja em Roraima iniciam plantio e esperam safra cheia

Plantio deve ser feito até junho, e grãos devem ser colhidos entre agosto e setembro

As primeiras chuvas do ‘inverno roraimense’ marcaram o início do plantio de soja para a safra 2023/2024 em Roraima, e as projeções dos produtores rurais no estado são otimistas, como explica Geraldo Falavinha, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja em Roraima (Aprosoja Roraima)

“Começamos o plantio ontem [domingo (16], porque choveu, e a gente tem a expectativa de ter um ano bom, com excelente produção. Teremos uma ampliação da área plantada, provavelmente, de 20% e a perspectiva da lavoura é otimista”, avalia Falavinha.

Roraima costuma iniciar o plantio de soja em abril em um calendário invertido em relação a outros estados que são produtores do grão, porque está no hemisfério Norte. A previsão é que as sementes sejam plantadas até junho, com a safra sendo feita entre agosto e setembro.

O aumento da área plantada é visto como um trunfo pelos produtores rurais e expectativa é que Roraima alcance números expressivos, como o registrado na região conhecida como Matopiba, que envolve Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

“Somos um estado pequeno e não temos uma grande área disponível para plantio, mas com o aumento da área plantada, podemos chegar ao nível de estados com Maranhão, Piauí e Tocantins. Ainda podemos chegar a 1 milhão de hectares de área disponível para plantio nos próximos anos, mas temos muito o que fazer”, complementa Falavinha.

Custos

Apesar do otimismo, o aumento dos custos com diesel e a mão de obra e o estado crítico da BR-174, na divisa com Roraima e o Amazonas preocupa os produtores, que buscam uma solução para conseguir escoar a produção sem entraves.

“Diminuíram os custos dos insumos e dos adubos, mas aumentaram os preços do diesel e da mão de obra e do frete, principalmente porque estamos praticamente sem estrada até Manaus e acarretou em uma alta de frete para adubo e calcário”, afirma o presidente da Aprosoja.

“Estamos fazendo esse trabalho desde o ano passado, quando nos reunimos com senadores, pedindo por providências para resolver esse problema. Enquanto não havia fluxo de produção aqui no estado, o movimento era menor, mas com aumento do tráfego, a estrada não aguentou. É o único trecho para escoar a produção e sem a BR, nós ficamos ilhados”, finaliza.