Economia

Empresa tem 230 vagas de emprego abertas em São João da Baliza

Grupo BBF é o maior produtor de óleo de palma da América Latina. Oportunidades são distribuídas entre 11 funções

Maior produtor de óleo de palma da América Latina, o Grupo BBF (Brasil Biofuels) tem mais de 230 vagas de emprego abertas para atuação em São João da Baliza, no Sul de Roraima, onde tem uma usina termelétrica híbrida e cultiva a palma de óleo, de onde é extraído o dendê, a matéria-prima que move o empreendimento.

As vagas são distribuídas entre operador mantenedor, mecânico industrial, instrumentista, serviços gerais, auxiliar agrícola, auxiliar mecânico, eletricista de autos, operador de máquinas, mecânico de autos, motorista de ônibus e administrativa.

Para participar do processo seletivo, os interessados devem entregar os currículos em horário comercial, em dois endereços: Boa Vista (Avenida Capitão Júlio Bezerra, 663, Centro) e São João da Baliza (BR-210, Gleba Jauaperi, Sítio Boa União, lote 574, zona rural). A outra opção é se cadastrar pelo site da companhia.

A BBF foi fundada em 2008, em São João da Baliza, no Sul de Roraima, onde começou a cultivar a planta do dendê na localidade. Atualmente, a companhia tem em operação uma termelétrica com capacidade para gerar 17 megawatts de potência. O empreendimento conta com mais de 800 trabalhadores efetivos e ainda pretende contratar um grupo de colaboradores indígenas da etnia Wai-Wai, que moram a 40 quilômetros da sede da empresa.


Plantação de palmas no Sul de Roraima (Foto: Brasil Biofuels)

A matéria-prima, a palma de óleo, é cultivada em São João da Baliza e também em São Luiz e Caroebe. Nessa região, a BBF ainda pretende plantar 100 mil hectares da planta.

Nova usina por R$ 300 milhões

O Grupo BBF investe R$ 300 milhões para construir, em Boa Vista, uma usina termelétrica movida a palma de óleo, popularmente conhecida como dendê, o fruto capaz de fazer alta captura de carbono da atmosfera. O empreendimento, previsto para ser entregue em junho deste ano, promete injetar 56 megawatts de energia no sistema elétrico de Roraima.

No ano passado, a BBF protocolou na Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) o pedido de licença prévia para instalar a termelétrica. Com isso, a fundação determinou a elaboração do EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental).

Em consórcio com a termelétrica, a empresa promete investir, em Roraima, R$ 400 milhões para a plantação de etanol de milho. O local do plantio ainda não foi definido, mas o CEO do Grupo BBF, Milton Steagall, adiantou que a área terá que ser capaz para abrigar 30 mil hectares de milho e a obra duraria 24 meses. “Isso aí a gente pode trabalhar inclusive com produtores que já existem no Estado”, disse.


Milton Steagall, CEO da BBF (Foto: Brasil Biofuels)

Steagall explicou que a BBF investe em Roraima principalmente pela capacidade agrícola que possui, embora diga que o único obstáculo seja a distância dos mercados consumidores do Brasil.

“Quando você produz, você não tem um consumo doméstico que possa dar base para esse crescimento do agronegócio. Quando você precisa percorrer grandes distâncias para levar a produção de Roraima pros mercados aptos, começa a deixar todas as vantagens que a natureza te dá no asfalto. Pelo modelo da BBF, a gente planta, extrai, transforma e consome no próprio local. Então, a gente foge dessa armadilha da infraestrutura que às vezes é deficitária, e desse custo, que é proibitivo”, explicou.

Projetos

Até 2025, o Grupo BBF pretende começar a produzir o inédito combustível sustentável de aviação e o diesel verde, também conhecido como óleo vegetal hidrotratado. A matéria-prima para os biocombustíveis será o óleo de palma produzido em Roraima. Já o refino será feito em uma planta em construção na Zona Franca de Manaus.

A nova planta promete ser a primeira biorrefinaria do País a produzir os inéditos biocombustíveis em escala industrial. Nesse projeto, a companhia espera investir mais de R$ 2 bilhões. Inicialmente, será possível produzir 500 milhões de litros anualmente dos inéditos biocombustíveis.