Economia

As piores ações do pior mês do ano até agora

O analista de mercado Mateus Lima explica como Setembro se tornou o pior mês do ano para o mercado de ações

O mês de setembro foi o pior de 2021 até agora, nenhum mês desde janeiro tivemos uma desvalorização tão intensa nas ações listadas no principal índice acionário brasileiro, o IBOV.

Algumas ações têm mais relevância na composição desse índice do que outras, mas quando a maioria das ações do Ibovespa caem, não tem como esperar um resultado positivo para um mês assim.

Mesmo com a pandemia, o índice conseguiu fechar o ano de 2020 subindo quase 3%, por outro lado, em 2021 já acumula uma baixa de -5,14% tendo o mês de setembro como principal pivô desse pessimismo sendo responsável sozinho por uma queda de -6,57%. Antes disso, o pior mês do ano tinha sido fevereiro com -4,37%.

O principal destaque de queda do mês foram as ações do banco Inter, o famoso banco digital laranja acumulou uma queda de -28,56% em setembro com expectativas negativas quanto a um possível aumento nas perdas no próximo balanço da companhia.

Graficamente falando as ações do Banco Inter (BIDI11) também não estão muito bonitas, após semanas foi possível identificar a fraqueza da empresa ao não conseguir renovar topos anteriores nos seus preços e começou na verdade a perder fundos importantes caracterizando uma reversão de tendência para a baixa.


(fonte: nelgoica. Profit pro. Gráfico diário de Banco Inter)

As outras muito afetadas em setembro foram as ações do varejo, ligadas ao comércio físico e digital como Via, Americanas e Magazine Luiza que caíram -25,79%, -25,24% e -21,38%  respectivamente muito por conta do aumento agressivo da taxa básica de juros no Brasil que encarece o custo de capital dessas empresas fora as incertezas macroeconômicas e políticas assim como o aumento de grandes concorrentes.