ECONOMIA

55% das mulheres roraimenses preferem investimentos conservadores

Levantamento feito pelo Santander revela que mulheres têm preferência por investir em renda fixa.

Dados mostram que as mulheres são mais disciplinadas em suas aplicações - Foto: Reprodução/Internet
Dados mostram que as mulheres são mais disciplinadas em suas aplicações - Foto: Reprodução/Internet

Apesar da redução da taxa básica de juros (Selic) iniciada em agosto de 2023, as mulheres continuam preferindo investimentos conservadores. Segundo um levantamento do Santander Brasil com clientes da instituição nos anos de 2022 e 2023, a maioria das mulheres em Roraima, 55% delas, opta por investir em renda fixa.

De acordo com o estudo, houve uma diminuição de seis pontos percentuais no período analisado, tanto em Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Letras de Crédito do Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), títulos do Tesouro Direto quanto na poupança. A proporção de investimentos em renda fixa, que engloba essas modalidades, caiu de 61% em 2022 para 55% em 2023.

“Os dados mostram que as mulheres são mais disciplinadas em suas aplicações e, mesmo em anos desafiadores como o ano passado e o anterior, elas mostraram persistência”, diz Luciane Effting, executiva responsável pelo Santander AAA.

Além disso, outros tipos de investimentos também são populares entre as mulheres em Roraima, como previdência, com 31%, e fundos, com 11%. A renda variável, que inclui opções mais arriscadas, representou apenas 1% da carteira do Santander no estado em 2023.

A nível nacional, o estudo do Santander revela que, em 2023, a proporção de investimentos em renda fixa entre as mulheres permaneceu estável em relação ao ano anterior, mantendo-se em 53%.

Curiosamente, os homens, que geralmente tendem a assumir mais riscos, também adotaram uma postura conservadora, aumentando a proporção de investimentos em renda fixa de 50% em 2022 para 52% em 2023.

Esse comportamento é corroborado pela 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, conduzido pela Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que demonstra que as mulheres priorizam a segurança financeira ao investir, uma tendência observada desde a primeira edição da pesquisa em 2018.

No que diz respeito à previdência, tanto as mulheres quanto os homens mantiveram uma postura estável, com uma ligeira elevação na proporção dos investimentos em previdência de 27,7% para 28,4% entre 2022 e 2023 para as mulheres, e uma parcela de 24% para os homens.

Os fundos de investimento também perderam espaço na carteira das mulheres de um ano para o outro, diminuindo de 14% para 12% do total dos investimentos entre 2022 e 2023, seguindo uma tendência observada em toda a indústria. No caso dos homens, a redução na proporção de investimentos em fundos foi ainda maior, caindo de 17% para 14%.

A única categoria que apresentou crescimento na carteira de investimentos das mulheres foi a dos Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que aumentou de 2,64% para 4,35%. As parcelas referentes à renda variável e crédito privado permaneceram em torno de 1% do total do portfólio, tanto em 2022 quanto em 2023.