POLYANA GIRARDI
Colaboradora da Folha
Depois de oito meses de salários atrasados dos terceirizados, o governo do Estado anunciou o pagamento de apenas um mês de serviço, ou seja, referente a janeiro de 2019. Sobre os demais meses em atraso, o governador Antonio Denarium afirma que só irá pagar quando o Estado tiver disponibilidade financeira. A equipe da Folha foi às ruas para saber o que pensa a população sobre o assunto.
Luiz Socorro de Menezes, 58 anos, funcionário público (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“Como alguém vai conseguir pagar as contas com apenas o salário de janeiro? Como comprar o material escolar das crianças e ainda pôr em dia as contas de energia e água? Apenas um salário é insuficiente. O governo teria que pelo menos acertar três salários para amenizar a situação”.
Adriana Oliveira, 38 anos, dona de casa (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“A população já esperava por isso. O governo anterior deixou um rombo nos cofres públicos do Estado e, infelizmente, quem pagará por isso é o atual governo. É injusto que os terceirizados tenham que sofrer as consequências da péssima administração anterior”.
Juberli Gentil Peixoto, 46 anos, professor e advogado (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
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“Todos estamos cientes da situação financeira do Estado, mas o governo precisa cumprir com a responsabilidade e pagar aos funcionários. São pessoas que passam por necessidades há oito meses. É preciso conversar com a bancada dos deputados para chegarem a uma solução. Esses funcionários trabalharam e têm o direito de receber. Pagar apenas o mês de janeiro dentro do mandato do Antonio Denarium não resolve. Era necessário pagar mais de três meses, pelo menos. O governo atual culpa o governo passado, me admiro que os órgãos fiscalizadores fechem os olhos para a situação de necessidade que vivem os terceirizados”.
Josivane Silva Barros, 27 anos, cabeleireira (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“É um absurdo! Os terceirizados estão passando necessidades e as contas estão acumuladas. O pagamento de apenas um salário não resolve a vida de ninguém e mal dá pra comer. Os filhos desses funcionários precisam de material escolar e não têm de onde tirar. É uma vergonha!”.
Regivaldo Conceição Oliveira, 37 anos, estudante (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“É injusto que recebam apenas o mês de janeiro. Os terceirizados são pessoas de baixa renda e fazem parte do grupo de pessoas que mais precisa do dinheiro. É um direito receber, pois prestaram um serviço. Eles não trabalharam por apenas um mês, e sim oito meses. Não adianta dizer que o resto será pago quando a situação financeira do Estado melhorar, pois não há uma previsão para que isso aconteça”.
Cristiane Aleixo, 33 anos, agricultora (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
“Se o governador pudesse pagar os oito meses atrasados ou pelo menos quatro meses, seria melhor. Mas apenas um mês não dá parar pagar todas as despesas. Até o crédito social que eu recebia deixou de ser pago e toda a renda extra ajuda quem tem filho em idade escolar, mas ninguém ouviu falar de uma previsão da volta do crédito social. São tempos difíceis!”.
