Cotidiano

Você na Folha debate Estoque do Hemocentro

O Hemocentro de Roraima não está conseguindo suprir as demandas por sangue em hospitais públicos do estado. A situação é tão crítica que virou a principal pauta de discussão na Semana do Doador, iniciada nessa segunda-feira e até panfletagem em órgãos públicos estão sendo feitas para incentivar a doação. A Folha quer saber o que deve ser feito para conscientizar as pessoas para o gesto de doar sangue?

Lucélia Duarte, 28 ano, autônoma (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Eu e meu esposo fomos na terça-feira para fazer a doação de sangue, até porque tenho necessidade de sangue às vezes. Acontece que enquanto eu estava resolvendo os documentos para a doação do meu sangue, o meu esposo que é venezuelano foi impedido de fazer a doação, devido a uma burocracia com relação aos documentos que são necessários, mesmo ele tendo o documento de residência aqui no Brasil. Acredito que se diminuíssem a burocracia do próprio sistema, resolveria uma boa parte do problema, pois existem vários imigrantes precisando e querendo fazer a doação. Acredito que a partir do momento que fizessem os exames que são necessários, deveriam liberar a doação”.

Sheila Oliveira, 24 anos, estudante (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Acredito que deveriam criar um projeto de divulgação, porque existem muitas pessoas que não têm noção da necessidade de haver um estoque de sangue no Hemocentro. Assim como vemos ações voltadas para o trânsito, com campanhas educacionais, deveria existir campanhas voltadas para a doação de sangue, mostrando para as pessoas os pré-requisitos para ser um doador”.

Vitória Maria, 17 anos, estudante (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“É difícil responder essa pergunta, no entanto, acredito que a própria população deveria exercer um pouco da cidadania, e ter iniciativa de ajudar o próximo. Creio que o estado deveria pensar em algo que incentivasse as pessoas para se tornar um doador. Minha família já precisou de doação de sangue, e só quem precisa sabe o quanto é importante essa questão”.

Joel Silva, 26 anos, advogado (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Acredito que algo que geraria resultados, seria oferecer alguma coisa em troca para as pessoas, pois infelizmente nem todas as pessoas são movidas à solidariedade. Apesar de que já existir benefícios para algumas classes, creio que deveria atingir um público maior de pessoas. Como desconto no transporte público, meia-entrada, enfim. Dessa forma nunca ia falta, pois como disse, nem todas as pessoas fazem por amor, ou por questão espiritual de ajudar o próximo”.

José Firmino, 52 anos, taxista (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Na terça-feira meu filho foi fazer doação, acontece que não aceitaram a doação dele. Faz um bom tempo que ele é doador, no entanto, antigamente ele estava fazendo o uso de uma medicação que não permitia que ele doasse. A médica que o atende trocou a medicação e o informou que ele já poderia fazer a doação, porém ao chegar ao Hemocentro, as recepcionistas alegaram que não seria possível receber a doação dele, e mesmo que ele doasse, o sangue seria descartado. Acredito que certas burocracias têm afastado as pessoas que pretendem fazer as doações”.

Flávio Aurélio, 35 anos, auxiliar técnico (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Acredito que o estado juntamente com o município deveria promover campanhas educativas para incentivar a população a efetuar a doação. Creio que deveriam bolar uma ideia de mostrar a necessidade real em relação ao estoque de sangue. Mostrar para as pessoas que todos nós poderíamos necessitar do Hemocentro. Geralmente procuro fazer minha parte, fazendo minha doação”.