Cotidiano

Você na Folha debate Black Friday

A Black Friday se tornou uma das datas mais importantes para o varejo. Atraídos por grandes descontos, consumidores se organizam para adiantar compras de Natal ou para comprar aquele eletrônico desejado. Acontece que algumas empresas usam o momento para enganar e aplicar golpes nos consumidores. A Folha foi às ruas saber dos consumidores se eles tomam cuidados para não serem enganados nesse período. O que fazem?

Mara do Carmo, 50 anos, funcionária pública federal (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)

“Acostumo ter certos cuidados sim, geralmente as lojas de roupas colocam promoções nas peças que estão antigas no estoque. Com isso, acabam oferecendo produtos de péssima qualidade para os clientes. Normalmente são roupas que já saíram de moda, ou de marcas que estão passadas. Creio que algumas empresas enganam os consumidores nesse sentido”.

Júnior Santos, 26 anos, atendente (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)

“Tomo alguns cuidados. Normalmente pesquiso bem sobre as empresas, analiso os preços dos produtos antes da promoção, e tento identificar se existe uma propaganda enganosa ou não. Em algumas das minhas pesquisas, notei que alguns locais colocaram cartazes chamativos, com o mesmo valor do produto, sem nenhum desconto. Sou atendente e trabalhei em diversas empresas, por isso sei bem as táticas que alguns estabelecimentos utilizam para chamar a atenção do cliente, e consequentemente realizar um número grande de vendas”.

Lídia Ávila, 65 anos, aposentada (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)

“Com certeza, acredito que todos os consumidores devem ficar atentos com relação a essas promoções. Geralmente observo se realmente o preço condiz com a mercadoria, porque às vezes as empresas sobem o preço, um pouco antes, para depois baixar novamente. Claro que não posso generalizar, mas a gente sabe que a maioria dos estabelecimentos faz isso. Sempre compro nas mesmas lojas, então fico longe de me envolver em fraudes ou golpes deste tipo”.

Alberto Luís, 50 anos, taxista (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)

“Eu particularmente não preciso ter cuidados, pois geralmente não participo dessas promoções. Em minha opinião não há diferença nenhuma. Eu estava a fim de comprar um celular, fui até uma loja que dizia estar na promoção, no entanto, observei que a diferença do preço é mínima. Se eu não tinha condição de comprar antes, continuo sem ter condições de comprar agora. Às vezes têm algumas lojas que têm certo tipo de desconto, mas normalmente é uma diferença mínima. Acredito que para comprar produtos em conta, as pessoas precisam ter bastante tempo para pesquisar e encontrar os melhores preços”.

Evanuza Pereira, 47 anos, manicure (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)

“Eu não participo dessas promoções, pois acho que seja uma fraude. Muitas vezes o preço do produto tem reajuste meses antes, para depois retornar ao preço normal. Para mim não compensa comprar durante este período. Prefiro esperar o momento que minha condição esteja estável para realizar a compra de algo desejado”.

Luís Carlos Ferreira, 25 anos, autônomo (Foto: Wenderson Cabral/Folha BV)

“Acredito que as empresas realmente usem esse momento para aplicar golpes e vender o maior número possível de produtos. Geralmente há um aumento no preço nos produtos antes, e depois há uma redução. Creio que seja na verdade, uma propaganda enganosa. Eu particularmente não ligo muito para esse período. Penso que muitos estabelecimentos usam esse termo para chamar a atenção das pessoas”.