Cotidiano

Vereadores mantêm veto a vaga exclusiva para autistas em estacionamentos

Com isso, a proposta foi arquivada, enquanto a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final da Casa sugeria a rejeição do veto

A maioria dos vereadores manteve nesta terça-feira (7), por 10 votos, o veto total do prefeito Arthur Henrique (MDB) ao Projeto de Lei que obriga a destinação de vagas de estacionamento exclusivas em supermercados, hipermercados, shoppings e escolas municipais, destinadas a veículos que transportem pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

Com isso, a proposta da vereadora Aline Rezende (PRTB) foi arquivada, enquanto a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final da Casa (CLJRF) sugeria a rejeição do veto. A ideia era que as vagas deveriam ser sinalizadas com a fita colorida em formato de quebra-cabeça – símbolo que identifica a pessoa com autismo – e placa que indique “vaga exclusiva para autistas”, respeitando ainda as especificações técnicas do desenho e traçado, em conformidade com as normas técnicas vigentes.

Em sua mensagem de veto, Arthur Henrique afirma que a propositura é “louvável”, mas é inconstitucional. Um dos argumentos é de que a iniciativa já é prevista na lei federal de 2000, a qual prevê normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.


Mesa diretora nesta terça-feira (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Ademais, o prefeito cita que o Brasil, quando assinou a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, restringiu a capacidade de estados e municípios legislarem sobre o tema.

Outras matérias


O plenário da Câmara Municipal de Boa Vista nesta terça-feira (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A maioria do plenário também manteve, por 11 a 5, o veto ao projeto da vereadora Juliana Garcia (PSD) que obriga a inclusão de serviços de proteção da mulher vítima de violência nos sites da Prefeitura de Boa Vista.

Por outro lado, a Câmara aprovou, por 14 votos, em segundo – e último – turno, a proposta de Gidean Gari (Progressistas) que institui o Programa de Capacitação Permanente de Assistentes e Cuidadores de Alunos com Necessidades Especiais da rede municipal. O texto agora depende de sanção de Arthur Henrique para virar lei.

Em primeiro turno, o parlamento aprovou duas proposições de Gari, que preveem: a divulgação mensal dos casos de dengue na capital (14 votos); e a que institui a Polícia de Prevenção à Violência contra os Educadores da cidade (13 votos). As propostas ainda passarão por segunda votação e, caso seja aprovada definitivamente, seguirá para análise do prefeito.


Galeria do plenário da Câmara esvaziada nesta terça-feira (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)