DIA DE FINADOS

Vela no Cruzeiro: uma tradição para lembrar de entes sepultados em outras cidades

Nesta data, muitos procuram as cruzes dos cemitérios em memória aos entes falecidos

Costume ajuda na memória de pessoas falecidas que marcaram os familiares e amigos. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Costume ajuda na memória de pessoas falecidas que marcaram os familiares e amigos. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Muitas pessoas não tem a oportunidade de visitar os túmulos daqueles que faleceram e estão enterrados em outras localidades. Por isso, no Dia de Finados, lembrado nesta quinta-feira (02), familiares e amigos procuram as grandes cruzes dos cemitérios para acenderem velas em memória aos entes falecidos.

Esse é o caso da Franciele Moraes, que, acompanhada da amiga, foi ao Cruzeiro do Cemitério Campo da Saudade para acender as velas à mãe, irmã e amiga que faleceram em outros estados do Brasil. Está foi a primeira vez que decidiu realizar o momento.

“Estou vindo agora, minha amiga vem mais vezes. E acho que não se trata de uma tradição mas é uma forma de memória às pessoas que representaram algo em nossa vida e vai continuar representando mesmo estando de outro lado”,

afirma a trabalhadora da área de departamento pessoal.

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Para Franciele, cada vela é como se fosse uma vida que, com o tempo ou por adversidades, se apaga. “A gente acende e no tempo imprevisível da vida a gente se apaga. Eu costumo dizer que a gente não está só de passagem, mas vivendo o propósito que Deus tem pra cada um de nós. Como é o caso dela [a amiga] que perdeu um sobrinho muito jovem mas nesse tempo que ele passou aqui, registrou ótimas memórias e ensinou muito aos pais a família”, reflete.

Iluminar os caminhos

Girlanda Medeiros acendeu velas para a filha e os sogros falecidos em Manaus. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Outras pessoas também veem a vela acesa no Dia de Finados como um pedido de iluminação ao caminho para a alma. “Todo ano estou aqui e esse dia de hoje é uma maneira de homenagear eles, iluminar os caminhos dele”, relata Girlanda Medeiros.

Girlanda foi ao Cemitério Municipal Nossa Senhora da Conceição acender velas para a filha, falecida há mais de 40 anos, e os sogros, que estão enterrados em Manaus.