
A rede social TikTok, usada por mais de 170 milhões de pessoas nos Estados Unidos, está no centro de uma disputa geopolítica entre EUA e China. Uma nova lei aprovada no Congresso americano determina que a empresa chinesa ByteDance deve vender o aplicativo em até 12 meses ou terá o serviço banido do país.
O motivo alegado é a preocupação com segurança nacional. Autoridades dos EUA temem que dados dos usuários possam ser acessados pelo governo chinês ou que a plataforma seja usada para influenciar politicamente os americanos. A China nega essas acusações, mas o embate reflete algo maior: a disputa por domínio tecnológico global.
Criadores de conteúdo e influenciadores estão entre os mais afetados, já que muitos utilizam o TikTok como principal fonte de renda e visibilidade. A possível proibição gerou mobilizações nas redes sociais e críticas por limitar a liberdade digital.
Essa ofensiva se insere em um cenário mais amplo da chamada “guerra fria digital” entre as potências, que já envolveu tarifas comerciais, restrições à empresa Huawei e conflitos sobre dados e inteligência artificial. Outros países como Reino Unido, Canadá e Austrália também avaliam ações semelhantes.
Enquanto a ByteDance afirma que não pretende vender a plataforma, o impasse deve parar nos tribunais, com possíveis batalhas legais sobre liberdade de expressão e constituição. O futuro do TikTok nos EUA, e talvez no mundo, segue incerto — mas é claro que seu impacto vai além dos vídeos virais.
Caminhos possíveis
A ByteDance já afirmou que não pretende vender o TikTok, e o governo chinês anunciou que se opõe a qualquer negociação forçada. Se a empresa não cumprir a nova lei americana, o aplicativo poderá ser retirado das lojas da Apple e Google nos Estados Unidos.
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No entanto, analistas apontam que a batalha ainda deve se arrastar nos tribunais, com argumentos sobre liberdade de expressão e possíveis violações constitucionais.