Cotidiano

Sejuc reduz o número de visitas de familiares a presos da PAMC

Até então, presos da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo podiam receber até três visitas por mês

A cúpula da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) promoveu mais uma mudança no cronograma de visitar de familiares a detentos da Penitenciária Agrícola do Monte Cristo. A partir deste final de semana, cada ala terá direito a dois dias de visitas por mês. Conforme o Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe), a mudança é uma medida de segurança.

Com as novas regras, a ala 14 vai receber visitas no primeiro e no terceiro sábado de cada mês até o final do ano. Os detentos das alas 13 e 15 poderão ver os familiares no primeiro e no terceiro domingo de cada mês. No segundo e quarto sábado do mês, é a vez do regime fechado e da ala 9. Já no segundo e quarto domingo do mês recebem visitas os detentos da cozinha e da ala 1.

A medida visa garantir a segurança dos visitantes, dos presos e dos agentes penitenciários que trabalham no local. “O que acontecia é que praticamente metade dos detentos recebiam visitas no sábado e a outra metade no domingo, formando uma fila enorme de mais de 400 pessoas do lado de fora da unidade e culminando na liberação de cerca de 700 presos. Ao todo, eram mais de mil pessoas, tornando o trabalho de segurança mais difícil”, explicou o diretor do Desipe, Alain Delon.

A expectativa é reduzir pela metade o número de visitantes e de presos liberados nos dias de visita. “Atualmente, cada ala da Pamc possui de 300 a 400 detentos. Com a mudança no cronograma, este número somado ao dos visitantes deve resultar em torno 600 pessoas. Ou seja, vai facilitar o nosso controle administrativo”, informou.

O período chuvoso também motivou a mudança. “As chuvas podem prejudicar as centenas de famílias que ficam na fila do lado de fora aguardando atendimento. Com o número de visitantes reduzidos, poderemos agilizar o processo de liberação para que eles entrem na unidade”, frisou.

Para Alain Delon, as alterações não são negativas e estão sendo executadas dentro da legalidade. “A Lei de Execução Penal (LEP) não determina a quantidade de visitas, mas sim que o preso tenha direito ao serviço. As mudanças vêm ocorrendo desde o início do ano porque buscamos diariamente melhorias que possam trazer benefícios para todos. O que fazemos é estudar a medida para aplicarmos conforme a necessidade. O que queremos é segurança”, concluiu. (B.B)