Cotidiano

RR é o segundo Estado com menos investimento do PAC

De acordo com o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Estado recebeu cerca de R$ 2 bilhões para realizar obras de infraestrutura energética, logística e social e urbana

O Ministério do Planejamento divulgou recentemente o 7º Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) referente aos investimentos feitos nos estados nos anos de 2015 a 2018. Analisando todas as localidades, Roraima fica em penúltimo lugar no percentual de valores investidos, ganhando somente do Acre.

De acordo com o balanço geral dos estados, Roraima recebeu a quantia de R$ 2,32 bilhões neste período para 141 obras, sendo 126 voltadas para infraestrutura social e urbana, 11 de logística e quatro de energia. Já o Acre recebeu o montante de R$ 1,74 bilhão.

O estado que mais recebeu investimentos foi o Rio de Janeiro, com R$ 250,65 bilhões no mesmo período. Possivelmente o alto investimento se deu em razão dos eventos esportivos de renome mundial ocorridos no Estado, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. O Estado de São Paulo, por exemplo, recebeu R$ 80,88 bilhões de 2015 a 2018.

LOGÍSTICA – Separando os valores investidos em Roraima, foram R$ 794,67 milhões para infraestrutura logística com 11 projetos para melhoria de rodovias. Dentre essas estão o projeto de construção de quatro pontes na BR-210/RR, pavimentação do acesso de Bonfim à Normandia pela BR-401/RR e construção na Vila Central, na Vila Félix Pinto e na Vila Novo Paraíso na BR- 432/RR.

Constam ainda estudos e projetos e outras obras de manutenção e sinalização da malha rodoviária em Roraima. O intuito, segundo o Governo Federal, é de facilitar o acesso, promover desenvolvimento de novas regiões e reduzir índices de acidentes, entre outros.

Linhão de Tucuruí recebeu investimentos

Os valores investidos em obras de infraestrutura energética em Roraima somam R$ 940,92 milhões, sendo R$ 923 milhões para a transmissão de energia elétrica no empreendimento de interligação Manaus-Boa Vista, o Linhão de Tucuruí, e o restante para geração de energia.

De geração consta o inventário de empreendimento na Bacia do Rio Negro (AM-RR), sob o custo de R$ 2,53 milhões e o inventário do empreendimento na Bacia do Rio Trombetas (AM-PA-RR), sob o custo de R$ 14,59 milhões.

Ademais, o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) e o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) de aproveitamentos hidrelétricos em Bem Querer estão em estágio de execução e custou R$ 32,12 milhões aos cofres públicos.

Boa Vista é o município mais beneficiado

Roraima teve recursos para 126 projetos de infraestrutura social e urbana, somando a quantia de R$ 547,43 milhões. Por localidade, Boa Vista foi beneficiada com o maior número de ações, chegando a 30 obras. São 15 empreendimentos de creches e pré-escolas, todas do tipo B, que atendem até 240 crianças em dois turnos. Do total, quatro já estão concluídas.

Além disso, a Capital também recebeu cinco unidades básicas de saúde que abrigam no mínimo uma equipe do programa “Saúde da Família”. Quatro delas são ações de saneamento, sendo duas de ampliação do sistema de esgotamento sanitário, uma de ampliação do sistema básico de saúde no bairro Cidade Satélite e outra de ampliação do sistema especial de saneamento nas sub-bacias Portal do Sol e Buritis.

A Capital tem ainda mais um projeto de infraestrutura turística na requalificação da Orla do Rio Branco/Bacia do Caxangá; uma praça; uma obra de irrigação no Passarão; a construção do canal de macrodrenagem urbana do Igarapé do Caxangá; a implantação de corredores exclusivos, pontos de embarque/desembarque e terminais e, por fim, a elaboração do plano local de habitação.

As demais ações são todas para o interior do Estado, sendo dez projetos para Alto Alegre, seis para Amajari, sete para Bonfim, quatro para o Cantá, dez para Caracaraí, oito para Caroebe, oito para Iracema, oito para Mucajaí, sete para Normandia, nove para Pacaraima, 16 para Rorainópolis, sete para São João da Baliza, cinco para São Luiz e dois para Uiramutã.

A maioria das obras do interior é voltada para construção de unidades de saúde, de saneamento, de melhoria de recursos hídricos e construção de creches e pré-escolas. (P.C.)