Cotidiano

Rorainópolis recebe vacinas contra febre amarela e quatro carros fumacê

Medidas são para impedir que febre amarela chegue às zonas urbanas, já que morte de macaco indicou a circulação da doença na região

O Município de Rorainópolis, Sul do Estado, recebeu ontem mil doses de vacina contra febre amarela por meio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). O órgão também enviou quatro carros fumacê, que ficarão a semana inteira espalhando inseticidas contra o mosquito Aedes aegypti, um dos transmissores da doença. Mais reforços estão previstos.

Antes da confirmação da morte de um primata por febre amarela, no sábado, 04, a cidade já era alvo de atenção pela Sesau, pois apenas 66,29% das crianças com menos de 01 ano de idade estavam imunizadas em janeiro e há um alto índice de infestação dos mosquitos que picam macacos (o sabethes e o haemagogus, que só circulam em matas).

A Sesau auxiliava a Prefeitura nos bloqueios das vicinais onde haviam aparecido macacos mortos por causa desconhecida e no combate ao mosquito Aedes aegypti, que é quem pode levar a doença às áreas urbanas. Desde janeiro também haviam sido enviados três mil doses de vacina contra a febre amarela para o município.

A gerente do Núcleo de Combate à Febre Amarela e Dengue da Sesau, Ana Paula Guth, disse que o Estado também ajudou na localização e no transporte do macaco morto pela doença para Boa Vista, onde foi necropsiado e encaminhado ao Instituto Evandro Chagas, no Pará.

“Não temos nenhum caso de febre amarela urbana no Brasil desde 1942. Todos os notificados até hoje foram da febre amarela silvestre, que atacou pessoas que transitam pela zona rural na área de circulação dos mosquitos que atacam macacos. Então, não podemos deixar que o vírus entre na zona urbana. Se a pessoa não tiver tomado as duas doses exigidas para a vacina, deve se dirigir ao posto de saúde. É a única forma de se prevenir, e é muito eficaz”, frisou.

Em todo o Estado, 37 mil doses de vacina contra a febre amarela haviam sido distribuídas desde o início deste ano. A proteção é incluída no Calendário Nacional de Vacinação, sendo continuamente reabastecida em todos os postos de saúde.

BOA VISTA – A coordenadora do Centro Municipal de Imunização de Boa Vista, Márcia Figueiredo, disse que a Capital também vai receber novas doses neste mês, cerca de três mil. A procura ainda não cresceu significativamente após o anúncio de Rorainópolis, mas ela avisa que o estoque está adequado ao proposto pelo Ministério da Saúde, pois Roraima é considerado uma área endêmica.

Márcia Figueiredo tranquiliza a população afirmando que o Brasil tem vacinas o suficiente para todos, até mesmo sobrando para exportação. “O que as pessoas devem fazer é procurar seus cartões para verificar se já estão com as duas proteções, pois não precisam se revacinar. A primeira dose é tomada aos 9 meses de idade e a segunda, de reforço, aos 4 anos. A partir dos 5 anos, se não imunizado, deve tomar uma vez. Dali a dez anos toma a outra. E só”, disse.

Gestantes, mulheres amamentando bebês menores de 6 meses, pessoas com câncer, pacientes de doenças que baixam a imunidade, como o lúpus e a Aids, e idosos fazem parte do grupo restrito, que só deve se vacinar com autorização médica. “Eles podem ter reações graves”, alertou.

INTERNACIONAL – A Carteira Internacional de Vacinação, exigida para a entrada na Venezuela, continua sendo emitida dentro do Aeroporto de Boa Vista, de segunda à sexta-feira, em horário comercial. (NW).

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