DESENVOLVIMENTO HUMANO

Roraima retoma IDH de 2010 após pandemia de covid-19

O estado teve a maior redução no índice que estima o desenvolvimento humano a partir da educação, renda e longevidade

Capital de Roraima, Boa Vista. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
Capital de Roraima, Boa Vista. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em Roraima retomou aos parâmetros da década de 2010 após a pandemia de covid-19, conforme o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado nessa terça-feira (28). O índice é referente ao ano de 2021.

De acordo com o documento, a pandemia reduziu o índice de todos os estados brasileiros. Porém, a maior redução foi em Roraima, onde o índice caiu de 0,739 (2020) para 0,699 (2021).

Conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Estáticas e Geografia), o novo parâmetro se assemelha ao registrado em 2010, quando o estado alcançou 0,707. Em 2000, por exemplo, o índice era de 0,598.

Indicadores

O IDHM é um índice que possui um intervalo entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, melhores são os indicadores de educação, renda e longevidade. Detalhadamente, em Roraima, todos os indicadores reduziram, mas educação e renda tiveram as maiores quedas.

  • Educação: 0,746 (2012) para 0,673 (2021)
  • Longevidade: 0,752 (2012) para 0,745 (2021);
  • Renda: 0,717 (2012) para 0,680 (2021).

Avaliação do PNUD

Na avaliação do Pnud, a crise da Covid-19 nos anos de 2020 e 2021 demanda uma leitura cuidadosa no caso brasileiro. Isso porque ela impacta os resultados de forma abrupta e transitória, caso da longevidade, e acentua crises estruturais em curso, caso da renda.

O impacto da pandemia na longevidade, por exemplo, é considerado pontual. A expectativa do Pnud é que os retrocessos sejam revertidos a partir de 2022, considerando o mapa de vacinação nacional e a ação do Sistema Único de Saúde nos estados.

Os efeitos negativos de médio prazo sobre a educação, diz o PNUD, ainda não foram devidamente avaliados dos pontos de vista quantitativo e qualitativo. Mas os dados já sinalizam uma reversão da tendência de queda na frequência escolar registrada na pandemia.

O desempenho da renda demanda maior atenção, diz o relatório, porque reflete, “de forma preocupante, os resultados macroeconômicos da crise econômica iniciada em 2015 e agravada pela Covid-19.” Os indicadores apontam para resultados negativos tanto na renda domiciliar per capita, quanto na renda do trabalho.

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