Roraima intensifica o controle da Brucelose

O controle da Brucelose será intensificado em Roraima, a doença pode ser transmitida para bovinos, caprinos, equinos e suínos. O ser humano pode ser contaminado caso entre em contato com animal doente

Para reforçar o combate à doença, evitando a transmissão entre animais e no ser humano,  além de evitar prejuízos para os pecuaristas, a Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR) reforça que brucelose é uma doença infecciosa grave, causada por bactéria do gênero brucella, que acarreta sérios problemas para o produtor.

A aplicação da vacina só pode ser feita por médico veterinário cadastrado pela Aderr e em bezerras com idade de três a oito meses.

Os sintomas da doença no animal são: retenção de placenta e repetição do cio, o que pode acarretar em aborto, bezerros fracos ou que nascem mortos, além de queda na produção de leite. O ser humano também está sujeito a contrair a brucelose, caso entre em contato com o animal doente. Febre, suor intenso, dor muscular, debilidade, artrite, inflamação nos testículos e infertilidade são sinais da infecção no homem.

“É obrigatória a vacinação. O produtor que não cumprir o prazo terá a GTA (Guia de Transporte Animal) bloqueada e estará sujeito à multa por não atender as determinações sanitárias”, informou o presidente da Aderr, Gelb Platão.

PREVENÇÃO – Segundo informou o veterinário Sylvio Botelho, bezerras até oito meses de vida só serão comercializadas se forem vacinadas. É necessário que o produtor use álcool 70% nos fetos abortados, restos de placentas e animais mortos, depois desse procedimento, é preciso enterrar os restos no local onde foi encontrado e longe dos cursos d’água. Ao consumidor é recomendado ingerir o leite fervido, pasteurizado ou esterilizado.

O veterinário ressaltou que a fêmea contaminada quando aborta ou dá cria, contamina o pasto, a ração, a água e o curral. As bactérias eliminadas permanecem vivas várias semanas nestes locais, podendo desta forma infectar outros animais. A brucelose também passa de um animal doente para o homem, por meio do contato com restos de placenta e ao consumir queijo ou leite cru.