O governo estadual deve contratar, por meio de processo seletivo, ao menos 300 brigadistas para prevenir e combater possíveis incêndios decorrentes de um dos períodos secos mais intensos dos últimos anos.
O diretor executivo de Proteção e Defesa Civil, coronel Cleudiomar Alves Ferreira, explicou que a previsão é que os brigadistas comecem a atuar em outubro e que, desse grupo, 40 devem atuar na capital Boa Vista e 30 em unidades de conservação estaduais da região do Baixo Rio Branco, no Sul do Estado.
Além disso, ele destacou que o Corpo de Bombeiros se reforçou com novas viaturas e equipamentos de combate a incêndios florestais. “Como não houve grandes ocorrências de incêndios florestais no triênio 2020-2022, os equipamentos estão adquiridos e prontos”, disse.
O diretor de Monitoramento e Controle Ambiental, Wilson Jordão, informou que o edital da seleção de brigadistas está em elaboração e que os profissionais vão apoiar o atual efetivo do Corpo de Bombeiros.
A Femarh ainda deve trabalhar em parceria com prefeituras, produtores rurais, associações e organizações indígenas, por meio do compartilhamento de informações sobre como enfrentar o problema.
“Temos controle de satélite, através das ferramentas, como o monitor do fogo, que monitora os focos de queimadas. Vamos trabalhar na fiscalização e atuar com toda força policial e organismos, pra evitar e diminuir esse impacto da estiagem no Estado de Roraima”, pontuou Jordão.
A força estatal ainda deve trabalhar unida com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), que já abriu seletivo para contratar 188 brigadistas em Roraima. Esse efetivo geralmente atua dentro e no retorno de terras indígenas.
Previsão de calor intenso
Monitoramento da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), com dados do CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), confirma que a tendência é que o fenômeno climático El Niño, que envolve um aquecimento incomum no Oceano Pacífico, vai aumentar as temperaturas de Roraima entre agosto e outubro, com chuvas abaixo do esperado historicamente para o período.
A alta temperatura já tem resultado em registros de queimadas. Em julho passado, Roraima registrou 12 focos de queimadas, o dobro da média histórica para o mês.
