Cotidiano

Quatro municípios continuam na zona de alto risco para dengue e chikungunya

Maior parte dos criadouros está no lixo doméstico, cerca de 39%

O novo Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) demonstra que quatro municípios conseguiram sair da zona considerada de alto risco para surto de dengue e chikungunya, em relação ao levantamento anterior, mas outros quatro continuam na zona vermelha. Cantá, Iracema, Pacaraima e Rorainópolis permanecem com Índice de Infestação Predial (IPP) acima de 3,9% e continuam em alto risco.
Entre os que conseguiram melhorar seus índices, está a capital, Boa Vista, que saiu de 8,4% para 2,7%; Caracaraí também teve redução expressiva, saindo de 7,9% para 0,6%; São João da Baliza, de 7,5% para 3,5%; e Bonfim saiu de 6,1% para 3,9%.
O IPP é o percentual entre o número de imóveis com criadouros e o número de imóveis pesquisados. As localidades com índices de infestação predial inferiores a 0,9% estão em condições satisfatórias; de 1% a 3,9%: estão em situação de alerta e superior a 3,9%, há risco de surto de dengue.

O levantamento confirmou aquilo que as autoridades já sabiam: a grande maioria dos criadouros está no lixo doméstico. Dos criadouros encontrados nos domicílios visitados, 39,4% estavam em resíduos provenientes das residências e cuja eliminação é de responsabilidade da população. Pneus abandonados abrigavam outros 14,9% dos criadouros.
O gerente do Núcleo de Controle da Dengue e Febre Amarela, Joel Lima, explicou que a tendência é que haja uma redução ainda maior dos criadouros do mosquito, pois o LIRAa foi realizado antes da conclusão de uma ação de combate em andamento na cidade, a fim de eliminar os criadouros do mosquito por meio da retirada mecânica de lixo de casa em casa. “Mesmo durante a realização do LIRAa, a ação não parou e deve ser concluída ainda neste mês”, disse.
O trabalho de vistoria, retirada e eliminação de depósitos no lixo doméstico das residências de Boa Vista está sendo realizado desde o início do mês passado, onde são retirados itens que podem servir de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya. A execução desse trabalho é da Coordenadoria-Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) e entidades parceiras como o Corpo de Bombeiros, Exército, além das secretarias municipais de Saúde e Urbanismo de Boa Vista.
A PESQUISA A pesquisa é feita por amostragem e visitou 9.197 domicílios, sendo 5.849 na capital. As análises ocorreram de 13 a 17 de outubro, nos municípios e de 3 a 5 de novembro, em Boa Vista. Trata-se de um mapeamento rápido que identifica os criadouros predominantes e a situação de infestação do município, o que permite o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas.
Além do Aedes aegypti, o levantamento demonstrou também a presença do Aedes albopictus, que embora menos comumente, também pode transmitir a febre chikungunya e dengue. No município de Rorainópolis, foi detectado um índice de infestação de 2,1% do gênero. Para a realização do LIRAa, o município é dividido em grupos, também chamado de estratos, onde são pesquisados um determinado número de imóveis alternados, quantificado pelo sistema do LIRAa.
Fonte: Sesau

ÍNDICE DE INFESTAÇÃO NOS MUNICÍPIOS – LIRAa

SATISFATÓRIO (IPP <=0,9)

ALERTA (IPP ENTRE 1 E 3,9%)

RISCO IPP >=4%

Alto Alegre

Amajari

Caracaraí

Normandia

 

Boa Vista

Bonfim

Caroebe

Mucajaí

São João da Baliza

São Luiz

 

Cantá

Iracema

Pacaraima

Rorainópolis

 

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