Cotidiano

Projeto que obriga rede pública a ofertar exame de trombofilia é aprovado

Com gene portador da doença, risco de ter trombose aumenta de seis a oito vezes; com uso de anticoncepcional, sobe para trinta

No Brasil, cerca de 180 mil pessoas são acometidas pela trombofilia por ano. Uma doença simples de ser diagnosticada, mas cujo exame para detecção não está disponível na rede pública de saúde em Roraima. Para mudar este quadro e aumentar a sensibilização sobre o problema, os deputados da Assembleia Legislativa de Roraima aprovaram em turno único o Projeto de Lei (PL) 42/2021 na sessão desta quarta-feira, 20. 

A matéria propõe que toda mulher tenha direito a fazer o exame genético que detecta a doença, o que, consequentemente, levará ao tratamento precoce, que pode salvar vidas e evitar complicações na gravidez, infertilidade feminina, abortos e, em casos de trombose venosa, até mortes. 

“É um projeto de grande importância para a saúde da mulher. Com um simples exame de sangue, ela descobre se tem predisposição à doença”, afirmou a deputada Tayla Peres (PRTB), autora do PL. 

Na justificativa do projeto de lei, a parlamentar explica como vai funcionar o exame, caso o Governo do Estado o sancione. A investigação deverá ocorrer na primeira consulta com obstetra ou ginecologista quando a mulher estiver diante da primeira prescrição do uso de anticoncepcional, pré-natal e na primeira prescrição do uso de reposição hormonal. 

Saiba mais 

A trombofilia é uma condição de quem tem predisposição a desenvolver trombose que, por sua vez, é definida pela formação de coágulos de sangue ou trombos, que podem levar ao entupimento de veias e artérias. Pode ser hereditária ou adquirida por várias condições clínicas, em qualquer idade. 

Sintomas 

 Obesidade, gravidez, fumo e desidratação são algumas causas que levam à doença. Os sintomas mais comuns aparecem nos membros inferiores, com inchaço, dores, dilatação e vermelhidão das veias. A doença, dependendo da gravidade, é tratada com anticoagulantes ou internação.