O projeto de asfaltamento do trecho da BR-210, entre a sede de Caroebe e a vila Entre Rios, segue parado há quase três anos, quando foi anunciado, em 2020, emenda parlamentar de R$ 50 milhões para execução da obra. Segundo informações obtidas pela FolhaBV, uma série de obstáculos burocráticos impediram o início da pavimentação do trecho de cerca de 40 km.
Ainda em 2020, o senador Mecias de Jesus (PP), autor da emenda parlamentar, o então deputado federal Jhonatan de Jesus e o então Secretário Nacional de Mobilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional, Tiago Pontes Queiroz, garantiram a liberação dos recursos. A primeira parte administrativa do convênio foi efetuada entre o Governo de Roraima, a Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Trânsito).
No entanto, o primeiro obstáculo teria surgido quando o DNIT Nacional não fez o projeto da obra, cabendo ao Governo fazer o documento que mede a viabilidade social e econômica. Depois, a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf) informou que o projeto já estaria na Controladoria Geral do Estado (Coger), que é a última parte do processo antes da licitação.
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“O convênio está em fase de abertura de edital. A Seinf esclarece que após essa etapa será iniciado o processo licitatório para execução das obras. A expectativa é que a licitação seja realizada ainda no mês de junho. Ressalta ainda que, com o fim da licitação e divulgação da empresa ganhadora, será informado o cronograma de obras e a previsão de entrega”, afirmou a Seinf em nota à FolhaBV.
Porém, a transferência do trecho da rodovia do DNIT para o Governo ainda não ocorreu. Procurado pela FolhaBV, o departamento informou que “está trabalhando para finalizar o processo e, desta forma, poder formalizar, o quanto antes, o Convênio de Delegação da BR-210/RR junto ao Governo do Estado”.
Em maio, o atual Superintendente do DNIT regional, Igo Brasil, informou que o departamento não previa reforma para o trecho Caroebe/Entre Rios, durante o programa Agenda da Semana, da rádio Folha FM.
Para o Senador, o processo tem andando lentamente pela burocracia e que por isso, as obras com emendas parlamentares não são finalizadas pela perda de recursos. “A realidade é que R$ 50 milhões em 2020 não é mais o suficiente para fazer a mesma obra três ou quatro anos depois, pois tudo estará mais caro, a areia, o diesel, o cimento, entre outros, por isso que são mais de 20 mil obras inacabadas no Brasil”, lamentou.
A pavimentação do trecho é importante para os produtores agrícolas da região que realizam o escoamento da produção de banana, laranja e limão. A rodovia também é alvo de denúncias, uma vez que todo inverno no estado, boa parte das rodovias ficam com buracos e lama.
