Cotidiano

Presídio com 286 vagas deve ser inaugurado em dezembro deste ano

Outras unidades prisionais como a Cadeia Pública Feminina, o Centro de Progressão Provisória e o presídio de Rorainópolis passam por obras de reforma

A entrega do presídio de segurança máxima ou Cadeia Pública de Monte Cristo está prevista para dezembro deste ano. Para a construção do prédio, que terá 286 vagas distribuídas entre 40 e 45 celas, são investidos R$ 23 milhões de reais, sendo 16 milhões de reais de recursos federais e 7 milhões de reais do governo do estado.

O secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), André Fernandes, informou que em 2018 foi realizada uma licitação para a construção do presídio, mas as obras tiveram início em 2019. “São dois anos em obras, que chegaram a ser paralisadas por conta da pandemia do coronavírus, pois ano passado houve dificuldades de se encontrar materiais em Roraima”.

Ele disse que o espaço terá uma área onde serão desenvolvidas atividades para trabalhar a ressocialização dos internos. “Teremos sala de aula, um centro especializado para atender dependentes químicos, uma cozinha para que os próprios presos façam suas refeições”, comentou Fernandes.

O secretário afirmou que as celas diferenciadas, quantitativo máximo de detentos por cela, muralha que cerca o prédio com comunicação entre as guaritas, e videomonitoramento, garantem ser um presídio de segurança máxima.

Sobre as pessoas terem a ideia de que um presídio de segurança máxima seja destinado somente para bandidos perigosos, o secretário da Sejuc esclareceu que não. “Não é apenas para bandidos perigosos, mas para aqueles que correm risco de resgate, por exemplo. Às vezes não tem tanta periculosidade, mas há necessidade de segurança para se evitar um confronto, para separar determinadas pessoas daquele convívio natural que se tem lá dentro, então é necessária uma segurança um pouco maior”, ressaltou Fernandes.

Com relação a Roraima ter bandidos de alta periculosidade, o secretário comentou que não. “Mas temos situações. Por exemplo, um grande empresário é preso aqui em Roraima. Ele pode ir para dentro de uma unidade e pode ser extorquido lá dentro, pode ter sua família ameaçada por algum motivo. Nesse momento ele iria para um presidio onde teria uma segurança maior, por isso a necessidade de um espaço diferenciado.


André Fernandes: “Espaço terá uma área onde serão desenvolvidas atividades para trabalhar a ressocialização dos internos” (Foto: Diane Sampaio/FolhaBV)

OUTRAS OBRAS

Cadeia Pública Feminina – As obras estão com 80% concluídas. “Temos uma dificuldade nessa reforma, porque as obras ocorrem com as detentas dentro do prédio. Estamos fazendo por etapas”, comentou André Fernandes.

Segundo ele, todas as presas terão uma cama. “Hoje não teríamos camas suficientes se não tivéssemos fazendo a reforma, pois é um presídio para 120 vagas e temos 240 mulheres presas”, ressaltou.

A Cadeia Pública Feminina terá uma área de segurança máxima, de triagem, e está sendo feita reforma na área de educação, saúde e administração do presídio. Será entregue em setembro deste ano previsão

CPP – O secretário afirmou que o Centro de Progressão Provisória (CPP) está sendo reformado e vai virar uma prisão especial “para casos em que a lei determina que tem que ficar separados, como advogados e pessoas com nível de ensino superior”.

“E a antiga Casa do Albergado será transformada no novo CPP. A ordem de serviço já foi feita e a previsão é que os dois prédios devem ficar prontos em julho do ano que vem”.

Presídio de Rorainópolis – As obras também estão com 80% concluídas, e a previsão de entrega é para o final deste ano. “É um projeto que precisou de várias reformulações na planta, pois era uma obra antiga. Precisamos fazer algumas adequações. O governo está investindo R$ 8 milhões por conta dessas adequações”, afirmou o secretário da Sejuc.

André Fernandes informou que são 186 vagas disponíveis para o sistema, o que diminuirá o déficit carcerário no Estado.