Cotidiano

Período de inverno requer atenção para que doenças sejam evitadas

Crianças e idosos são os mais vulneráveis e precisam ficar em ambientes arejados e ter alimentação adequada

Com a chegada do inverno, é preciso ficar atento para as medidas de prevenção contra as doenças respiratórias. A concentração de pessoas em ambientes fechados é um dos fatores que favorecem a circulação de diversos tipos de vírus respiratórios. O mais comum deles é o da influenza, ou a famosa gripe. Além disso, o acúmulo de objetos, como cortinas, bichos de pelúcia e tapetes também contribuem para o armazenamento de bactérias, fungos e ácaros.

“Na estação chuvosa, nós temos uma prevalência maior de doenças alérgicas e de veiculação hídricas, muitas vezes relacionadas às chuvas. O ambiente fechado é um dos fatores que podem contribuir para o agravamento de algumas doenças. Então, as pessoas precisam reforçar os cuidados, pois o período costuma elevar o número de pessoas que vão aos hospitais”, comentou a especialista em medicina da família e comunidade, Anete Vasconcelos.   

Além do bom senso em não se expor ao clima ou ambientes fechados, uma boa alimentação é essencial para manter a saúde. “Consumir frutas da estação, verduras e tomar bastante líquido são indispensáveis. Além disso, a pessoa tem que saber qual a procedência do alimento que consome e, no caso de a pessoa saber se tem alguma crise alérgica, tomar cuidado com itens que podem desencadear a crise. Por exemplo, uma casa há várias pessoas residindo, onde tudo é fechado, onde se tem tapetes, cortinas ou ursos de pelúcia. Essa pessoa tem que evitar, ao máximo, o acúmulo desses itens, porque eles costumam concentrar muitos agentes que causam alergias, como fungos e ácaros. Além disso, é recomendável que, no período de sol, abrir as janelas e portas para que essa casa fique arejada”, destacou.

Outra dica é em relação a hábitos simples de higiene. Alguns vírus costumam permanecer vivos no ambiente por até 72 horas e em superfícies como corrimões, maçanetas e torneiras por até 10 horas. Os cuidados são indispensáveis, principalmente para crianças e idosos. No caso dos pequenos, é recomendável que, além das mãos, os brinquedos e objetos de uso comum sejam lavados com água e sabão ou higienizados com álcool gel a 70%.

“As extremidades são as que mais sofrem nesse período. Entre os adultos jovens, nós temos uma prevalência maior de pessoas que já desenvolveram um padrão alérgico em algum momento da sua vida e que, de acordo com a exposição ao agente que faz com que ele desenvolva as crises, venha a apresentar algum quadro de alergia como rinite, sinusite e outras. E nas crianças também temos a questão das diarreias. Isso envolve a questão da higienização e da imunização. É importante que ela esteja com vacinação em dia para que essas doenças não as agridam com facilidade”, pontuou o especialista.

Expor-se ao tempo também pode trazer consequências desagradáveis às pessoas. Para Vasconcelos, a proteção, por menor que seja, é a arma ideal para uma boa saúde. E, em caso de sintomas persistentes, a ajuda médica é indispensável. “Pelo fato de não termos garoa, a gente acaba se expondo bastante ao clima, até mesmo à chuva. Por mais leve ou pesada que seja, a recomendação é realmente evitar se expor. Levar um guarda-chuva, que até no caso de sol acaba sendo uma ferramenta para evitar a exposição. Procurar agasalhar também ajuda, mesmo que não tenhamos um frio muito rigoroso. No caso de tosse prolongada, é recomendável procurar um médico. Aparentemente, pode ser algo muito bobo, mas evita que esse probleminha acabe evoluindo para algo mais grave, como uma pneumonia ou até mesmo uma tuberculose”, frisou. (M.L)