A demanda de atendimentos no Pronto Socorro Francisco Elesbão e no Pronto Atendimento Airton Rocha, no Hospital Geral de Roraima (HGR), durante o feriado prolongado de Carnaval deste ano foi 35% maior em relação ao mesmo período de 2016. Juntas, as unidades realizaram 2.627 atendimentos do dia 24 de fevereiro até a Quarta-feira de Cinzas, dia 1º de março.
Os acidentes de carro, que tiveram crescimento de 61% em comparação ao ano passado, foram os principais responsáveis pelos atendimentos a pacientes no Grande Trauma do Pronto Socorro. Foram 21 acidentes envolvendo veículos em 2017 contra apenas 13 em 2016.
Já os atendimentos relacionados a acidentes envolvendo motociclistas, que lideraram as estatísticas de urgência médica no ano passado, com 37% dos casos atendidos na unidade, tiveram uma redução de 3% em 2016. Os atendimentos em decorrência de ferimentos por arma de fogo ou arma branca também reduziram em 34% no período.
Segundo o diretor do Pronto Socorro e Pronto Atendimento, Douglas Teixeira, a maior parte dos atendimentos fora de pouca urgência. “Tivemos um aumento expressivo nos números do Pronto Atendimento, onde recebemos pacientes que estavam doentes ou não foram vítimas de causas externas”, disse.
Já no setor do Grande Trauma, ele alertou quanto ao elevado número de vítimas de acidentes de carro. “Isso chamou muito a nossa atenção, até pelo fato de os maiores acidentes ocorrerem sempre com envolvimento de motociclistas, mas esse ano foi diferente. De positivo podemos destacar a redução no número de feridos por arma branca e de fogo”, afirmou.
Para conseguir atender a alta demanda de pacientes, o diretor da unidade disse que foi necessária uma preparação antecipada dos profissionais. “Há duas semanas iniciamos o melhoramento do fluxo para receber essa demanda, que sempre é grande no período. As pessoas que foram até as unidades conseguiram atendimento e puderam restituir a saúde”, destacou.
Teixeira citou ainda que o crescimento no número de atendimentos em relação ao ano passado já era esperado. “Como unidade de livre demanda, buscamos nos pautar nos atendimentos anteriores, uma vez que temos que atender a todos. Já estávamos preparados para isso, pois já vínhamos notando o aumento de atendimentos, que têm crescido em torno de 20% ao ano”, frisou. (L.G.C)