Cotidiano

Pais denunciam suspensão de equoterapia

Terapia multidisciplinar deveria ter começado em fevereiro, mas retorno das atividades continua sendo adiado; responsáveis temem prejuízos no desenvolvimento de pacientes

O serviço de equoterapia, um método terapêutico e educacional para pessoas com deficiência, está sem funcionar desde dezembro do ano passado. Com o recesso de fim de ano, foi anunciado que o atendimento seria retomado em fevereiro de 2019, porém, nenhuma outra resposta oficial foi dada aos pais e responsáveis até o momento.

Em março, durante uma reunião com a Secretaria Estadual de Educação e Desportos (Seed), a informação repassada foi a de que estavam com problemas para iniciar os serviços, mas que as atividades retornariam no começo de abril. 

“Falaram que precisava fazer um processo seletivo para contratação de servidores da saúde porque estavam com dificuldades de conseguir esses profissionais”, relatou Elizângela Monção, assistente social e mãe de uma criança com síndrome de Down.

Sem ter como levar o filho para dar continuidade ao tratamento, ela teme que a falta das atividades interfira no desenvolvimento da criança de 9 anos, assim como de outros pacientes que necessitam do acompanhamento feito semanalmente no Parque de Exposições Dandãezinho. “São pessoas que precisam e fazem parte de um tratamento de saúde e não tem início”, reclamou.

Os pais chegaram a ouvir que uma das motivações para a dificuldade de conseguir profissionais estaria relacionada à falta de pagamento de insalubridade. 

“Já estamos quase na metade do ano e o serviço está parado. O governo alega várias situações, mas soubemos que o real motivo foi a realocação dos profissionais em outros postos de saúde e com isso passaram a ganhar mais”, afirmou Luiz Henrique Miné, pai de uma das crianças,.

COEDE – Em razão da demora na prestação de serviços, os pais procuraram o Conselho Estadual do Direito da Pessoa com Deficiência (Coede) para que providências fossem tomadas. De acordo com o presidente da instituição, Jean Araújo, está sendo articulada uma reunião com o diretor do centro de equoterapia para verificar a situação. Caso o serviço não retorne em tempo hábil, o Ministério Público de Roraima (MPRR) poderá ser acionado. 

OUTRO LADO – Em nota, a Secretaria de Comunicação Social informou que o governo de Roraima está finalizando o calendário de atividades do Centro de Equoterapia Thiago Vidal Magalhães Pinheiro, uma vez que envolve diversos setores do governo.

“No momento, as secretarias parceiras estão redefinindo a atuação no processo para então retornar às atividades”, completou a nota sem informar qual previsão para o início do serviço nem confirmar se será feito um processo seletivo para a contratação de profissionais.