Cotidiano

Pai denuncia que filho está sem aula de educação física há um mês

Alunos das turmas do 3º ano no ensino fundamental estão sem aulas de educação física há cerca de um mês. Conforme a denúncia, nos horários que seriam para atividades físicas e esportivas, os estudantes assistem a vídeos.

O músico Jordão Pereira Mota, pai de um aluno matriculado na Escola Municipal Juslany de Souza Flores, no bairro Jardim Tropical, procurou a Folha para denunciar que seu filho, estudante do 3º ano do ensino fundamental, está sem as aulas de educação física há aproximadamente um mês.

Segundo o denunciante, essa é a mesma realidade de todos os alunos das turmas de 3º ano, cerca de 90 estudantes. “Eu fui lá e meu filho está desassistido das aulas de educação física e, para substituir, colocam vídeo para os alunos assistirem, para matar o tempo. Eles contam que o professor de educação física sofreu um acidente e entregou um atestado e isso já tem mais 30 dias. Eu sei que não é culpa da escola, inclusive, devolveu o profissional para a Smec [Secretaria Municipal de Educação e Cultura] e a Smec devolveu de novo para a escola e ele vai a todo tempo meter o atestado”, disse o pai do aluno.

Jordão Pereira esclareceu que a escola tem quatro professores de educação física, mas somente as turmas de 3º ano estão sem aulas. “Meu filho reclama porque nas aulas de educação física ele corre, se diverte, exercita e agora tem que ficar assistindo aos vídeos. Não procurei a Smec, mas procurei a secretaria da escola, perguntei sobre a falta do professor de educação física e disseram que ele continua de atestado. A única informação que tenho é que, no acidente, ele [o educador físico] quebrou a clavícula e já está com dois atestados, estão empurrando o problema e não deram prazos. A escola solicitou um outro professor da Smec, só que eu acredito que não tem nenhum disponível”, destacou.

O pai ressaltou que o filho se sente lesado com a falta das aulas. “É um direito dele ter essas aulas. A gente só quer que a Secretaria [municipal de Educação] resolva essa falta do professor. Para mim, o meio mais fácil de falar de tudo isso é fazendo a denúncia, porque, se eu for para a Smec, vou perder tempo, vou pegar um ‘chá de cadeira’ e viver muita burocracia. Eu não tenho tempo para ficar perdendo porque trabalho”, concluiu Jordão Pereira.

A reportagem da Folha procurou a Prefeitura de Boa Vista para se manifestar sobre a denúncia. Em nota de resposta, a Smec informou que a falta de professor é questão pontual.

“Na ausência de um professor em razão de afastamento, a gestão escolar pode acionar outro profissional por meio do regime de adjunto horista, no entanto, é facultado ao profissional se apresentar na unidade escolar em que a necessidade surge”, ressaltou.

*Matéria atualizada às 14h14 com nota da Smec