Cotidiano

Operação Acolhida instala Hospital de Campanha em BV

ANA GABRIELA GOMES

Editoria de Cidade

 

Após a confirmação dos dois casos do novo coronavírus em Roraima, o Governo do Estado publicou um novo decreto de medidas de contingência do vírus. Entre as medidas, em acordo com o Exército, está a criação da área de proteção e cuidados a estrangeiros, e brasileiros, com suspeita e casos confirmados do coronavírus. Para isso, a Operação Acolhida iniciou a transferência do hospital de campanha de Pacaraima para Boa Vista, mais precisamente, nos fundos do Hospital da Criança Santo Antônio.

Segundo o comandante da Acolhida em Roraima, general Antônio Manoel de Barros, o deslocamento da unidade iniciou no sábado, 21. Desde então, vem ocorrendo a montagem da estrutura que, de acordo com o general, será ampliada gradualmente. “Com base nos protocolos do Governo e Prefeitura de Boa Vista, que são os poderes principais, a unidade vai sendo ampliada”, falou.

Comandante da Operação Acolhida em Roraima, general Barros, “Estamos nos antecipando o máximo possível para a batalha contra esse inimigo invisível” (Foto: Diane Sampaio/FolhaBV)

Já no primeiro momento, o hospital contará com 80 leitos e três respiradores. Contudo, a previsão da Acolhida é que 1.200 leitos possam estar disponíveis para a população imigrante e, posteriormente, para o público em geral. A estimativa é que o funcionamento inicie na quinta-feira, 26, mas ainda não há confirmações a respeito da inauguração.

Apesar de os testes para o Covid-19 em Boa Vista serem realizados apenas pelo Laboratório Central de Saúde (Lacen), o general esclareceu que vem buscando o recebimento de testes rápidos para o controle da pandemia. Entretanto, o plano depende da estrutura do Ministério da Saúde. Até o momento, não há casos suspeitos em nenhum dos abrigos do estado, mas a possibilidade não foi descartada pelo comandante.

“Eu pedi 20 mil testes por mês para que possamos realizar um controle. É evidente que dependemos de vários protocolos, mas estamos buscando a solução. Por isso, pedimos que a população não saia de casa. Há um controle e um protocolo para que, caso seja identificado um suspeito nos abrigos, que esse seja isolado”, relatou. Para ele, a criação da área de proteção vem como uma medida antecipada, justamente por não ter como saber de que maneira a crise chegará a Roraima.

IMIGRANTES EM RORAIMA – Atualmente, há cerca de 5.400 imigrantes nos abrigos estaduais. Nas ocupações espontâneas, o número chega a 2.300, em média. Nesses locais, em específico, a Operação realiza visitas de controle sanitário e apoio médico.