Cotidiano

O desafio de estar na linha de frente ao combate a Covid-19

Neste dia 8 de março, a médica Talita Araújo comenta sobre os principais desafios que profissionais de saúde estão tendo durante a pandemia, e como têm que lidar com todos eles

A pandemia mudou a rotina de profissionais de saúde, em especial de mulheres que, além de cuidarem da casa, do marido, dos filhos, passaram a se desdobrar para dar atenção especial aos pacientes acometidos pela Covid-19.

Em Roraima, muitas mulheres profissionais que atuam na saúde em várias especialidades, como auxiliar e técnica de enfermagem, enfermeiras e médicas vêm atuando de maneira árdua no atendimento em várias unidades de saúde do estado.

A médica Talita Araújo ressalta que nessa data é importante o reconhecimento de mulheres que estão na linha de frente da pandemia.

“São muitas em várias unidades de saúde do estado, todas nós temos nos dedicado de maneira árdua para conseguir ajudar a salvar vidas”, ressalta.

Talita reconhece que o momento atual está sendo difícil, pois são vários pacientes para atender e que o trabalho continua todos os dias de forma mais intensa.

“As mulheres são consideradas frágeis por muitos, mas em especial na medicina e em qualquer lugar não tem diferença. Tanto nós quanto os homens trabalhamos muito”, diz.

A médica comenta que durante a atuação das profissionais de saúde, é questão de vida ou morte, fazendo com elas se dediquem tanto a vida do paciente, quanto a família do internado.

“É um trabalho muito pesado que estamos vivenciando, mas temos um sentimento de amor pela vida dos outros, daquele paciente e da família inteira preocupada pela sua saúde’, comenta Talita.

Talita diz sobre os principais desafios que ela teve durante a pandemia, ressaltando ainda como teve que lidar com todos eles.

“Foi uma doença que surgiu sem que estivéssemos preparados, faltavam materiais e leitos, todos nós tivemos que improvisar, estão sendo desafios constantes. Além disso tudo, a parte sentimental é algo que eu tenho que lidar, eu chegava em casa e chorava por tantas vidas perdidas para a doença”, diz a médica.

Mesmo diante de tantas dificuldades, Talita disse que a parte boa em atuar na linha de frente, é poder trazer saúde às essas pessoas e de sabe que um paciente que ela cuidou, apresentou melhoras.

“Nós sabemos que nos tornamos útil na vida de alguém”, fala Talita. Ela ainda cita que a sua vida profissional, está deixando a sua vida pessoal com menor importância, entretanto, ela diz que no momento salvar vidas é importante.

“Se está faltando profissional, vamos ajudar mesmos cansados”, diz. A profissional frisa que sua experiência diante dessa situação, é que a vida costuma ser passageira e que a gratidão pela própria saúde e a de familiares deve ser priorizada.

Ela ainda expressa palavras de felicitações a todas as mulheres nessa data celebrada de uma forma diferente.

“Desejo um feliz Dia das Mulheres, somos guerreiras, sei que muitas estão batalhando diariamente, quase sem descanso, além de cuidar da casa e dos filhos. Todas elas fazem a sua história de acordo com a sua possibilidade”, parabeniza a profissional.

Por Camilla Cunha – estagiária FolhaBV