Cotidiano

Novo chefe da Embrapa Roraima e cita avanços e desafios da instituição

Um dos frutos desse trabalho, segundo ele, foi o salto na produção de soja, de 1,5 mil quilos por hectare em 1981 para os atuais cerca de 5 mil quilos

Recém-empossado novo chefe-geral da Embrapa Roraima (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o pesquisador Edvan Alves Chagas citou os avanços alcançados em 40 anos de existência da instituição no estado, e os desafios a serem enfrentados. Ele foi entrevistado nesse domingo (24), no Agenda da Semana, apresentado pelo economista Getúlio Cruz na Folha FM.

“A Embrapa Roraima tem a missão, junto com os demais atores, de contribuir com o desenvolvimento da Amazônia setentrional, agricultura da Amazônia, especialmente do nosso estado. Esse é o grande desafio da Embrapa Roraima, que este ano completou 40 anos de dedicação ao desenvolvimento da agricultura, pecuária e do nosso setor florestal”, disse.

Um dos frutos desse trabalho, segundo ele, foi o salto na produção de soja, de 1,5 mil quilos por hectare em 1981 para os atuais cerca de 5 mil quilos. “Em Roraima, as áreas plantadas e a produtividade de grãos têm aumentado. Temos contribuído pra esse recorde, pra cadeia de soja, arroz e outros grãos”, disse.

De milho, por exemplo, a produção atual da empresa oscila em torno de 5 mil toneladas por hectare, segundo Edvan Alves.


O novo chefe-geral da Embrapa Roraima, Edvan Alves Chagas, e o economista Getúlio Cruz (Foto: FolhaBV)

O novo chefe da Embrapa diz que a empresa também realiza pesquisas com produção de cacau, café, caju anão, castanha do Brasil, cupuaçu e açaí. “Acredito que, no futuro próximo, serão produtos de exportação”, declarou, citando também a pecuária.

“Pro nosso estado, o açaí é uma cultura que precisamos investir cada vez mais. Quem gosta de açaí, sabe que determinada época do ano você não consegue tê-lo, então tem uma janela que não há uma oferta desse produto, então são desafios que a gente tem […]. A castanha é outro grande desafio. Produto genuinamente amazônico da nossa biodiversidade. Temos um trabalho importante da castanha do Brasil, desenvolvendo tecnologias de produção de mudas da castanheira, porque a castanha leva muito tempo pra produzir”, disse.

O novo chefe da Embrapa disse que nem as limitações financeiras da empresa vão impedir a realização de pesquisas nesses campos de estudo, e elogiou o Projeto de Lei que prevê a criação da Fundação de Amparo à Pesquisa de Roraima (Faperr). “É algo que vem sendo pedido pela comunidade de ciência e tecnologia do nosso estado há mais de 30 anos”.

“A Faperr vai cumprir um papel fundamental de apoiar os nossos pesquisadores, os nossos cientistas, a fazer aquilo que o nosso estado precisa, buscar soluções, entendimento, conhecimento que a gente precisa pra solucionar os problemas e sermos competitivos”, completou.

Confira as entrevistas do Agenda da Semana desse domingo