Cotidiano

Municípios com focos da mosca da carambola seguem em quarentena

Seis municípios, Alto Alegre, Amajari, Pacaraima, Bonfim, Uiramutã e Normandia, ainda estão atingidos

Desde junho deste ano, oito municípios de Roraima estão em quarentena devido à presença de focos da mosca da carambola: parte de Alto Alegre, Amajari, Pacaraima, parte de Bonfim, Uiramutã e Normandia. A principal razão para a concentração desses focos nessas localidades é a proximidade com a Venezuela e a República Federativa da Guiana Inglesa, dois países que registram altos focos da praga. Mas esse índice pode vir a diminuir a partir dos próximos anos.

Na última terça-feira, 5, a Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) recebeu o Ofício 230/2019 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que diz respeito ao Programa de Cooperação Técnica Brasil-Guiana. Na prática, trata-se de uma capacitação em ações de identificação, controle e erradicação da praga Bactrocera Carambolae (mosca da carambola) no país vizinho.

Com o programa, o intuito do Mapa é promover o treinamento de técnicos do National Agricultural Research and Extension Institute (Narei) que atuam nas ações de Defesa Sanitária Vegetal da Guiana. Dessa forma, além de promover o combate e controle da mosca da carambola na Guiana, o Brasil deve registrar uma redução de incidência na região fronteiriça e municípios atingidos.

O diretor de defesa vegetal da Aderr, Marcelo Parisi, é um dos servidores que participará da capacitação, prevista para ocorrer do dia 2 a 11 de dezembro. “Como não há um controle rigoroso da praga no país vizinho, o vento traz a mosca para o nosso Estado, principalmente para os municípios mais próximos. Com esse treinamento, vamos conseguir reduzir o índice de focos e, consequentemente, a quarentena”, contou.

Paralelo a isso, a fim de evitar o tráfego da praga para demais localidades, a Aderr conta com sete barreiras de controle de trânsito, localizadas em Pacaraima, Passarão, Murupu, Recrear, Alto Alegre, Bonfim e Jundiá. “Significa que os frutos hospedeiros que estão em zona livre estão liberados para passar, enquanto os frutos de quarentena não passam”, explicou o presidente da agência, Gelb Platão.

Atualmente, Roraima conta com mais de três mil armadilhas espalhadas em todo o Estado e vigiadas pela Aderr. “Essa é a primeira vez, desde que a mosca da carambola foi registrada em Roraima em 2010, que conseguimos atuar na região que traz essa praga para o Estado”, frisou Platão.

FRUTOS HOSPEDEIROS – Alguns frutos que a mosca tem preferência são: acerola, abiu, caju, carambola, goiaba, jaca, laranja, limão, murici, pimenta, pitanga, tangerina, tomate e outros. Vale ressaltar ainda que o cidadão que transportar ou vender frutos hospedeiros das regiões com presença da praga poderá sofrer penalidades impostas pela lei.

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