Cotidiano

Moro prorroga Força Nacional em Roraima por mais 90 dias

A autorização foi dada pelo Ministro da Justiça e publicada no Diário da União desta segunda-feira, 15

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou a permanência da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) por mais 90 dias no estado de Roraima. Os agentes darão apoio aos órgãos de segurança pública locais. A Portaria 654/19 foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (15).

A prorrogação conta a partir do dia 23 de julho e os policiais ficam até o dia 23 de outubro. A concessão ocorreu após a solicitação do Governador do Estado de Roraima, que irá apoiar com a logística e dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional.

Segundo o governo roraimense, com a intervenção no Sistema Prisional e o reforço da Força Nacional, constatou-se uma redução da criminalidade no estado.

Coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP), a Força Nacional de Segurança Pública é um programa de cooperação federativa de auxílio à segurança pública em qualquer ponto do país. De acordo com nota do Ministério da Justiça, a atuação poderá ser prorrogada, se necessário.

DIÁRIAS – O governo federal gastou em média R$ 7 milhões, em 2017, com diárias para os integrantes da Força Nacional de Segurança Pública, em Roraima, segundo dados levantados pela Folha no Siga Brasil.

Formada por policiais e bombeiros de vários estados, a Força Nacional paga diárias aos mobilizados, que variam de R$ 177 a R$ 250, dependendo da localidade. Além das diárias, o profissional mantém, no período, o salário recebido do estado. Dependendo do número de dias em operação, o policial mais que dobra o ganho mensal. Por isso, há grande interesse em participar da tropa.

Delegacias de Roraima podem parar por falta de papel e combustível

Funcionário relata que a própria população estaria levando papel para garantir a confecção de Boletim de Ocorrência (Foto: Divulgação)

Delegacias de Roraima podem parar de funcionar por falta de papel e combustível para as viaturas. A denúncia foi feita por um servidor da Polícia Civil na manhã desta segunda-feira, dia 15.

De acordo com o funcionário, ambos os problemas são antigos, no entanto, a situação acabou chegando ao seu nível crítico na manhã de hoje. “Em algumas situações, a própria pessoa é quem traz o papel para confeccionarmos o Boletim de Ocorrência (B.O), porque não houve a reposição de papel na delegacia”, disse.

Ainda segundo o servidor, falta combustível para as viaturas. Sem o produto, as delegacias ficam inviabilizadas de dar continuidade aos serviços mais urgentes da polícia.

“Com as viaturas desabastecidas, a polícia fica impedida de realizar desde a atividade mais básica, como uma diligência, a mais trabalhosa, como realizar o encaminhamento de suspeitos para custódia”, completou.

Sobre os problemas relatados na reportagem, a Folha procurou a assessoria de comunicação da Polícia Civil que informou que os contratos estão sendo ajustados e em alguns casos relicitados, devido às inúmeras dívidas deixadas pela gestão anterior.

Sobre as impressoras, a Delegacia Geral informou que estão sendo adotadas medidas como remanejamento de equipamentos pertencentes ao patrimônio do Estado, aquisição de novas máquinas e aluguel de outros equipamentos para atender as unidades da Polícia.

“Em relação aos papéis, a Polícia Civil tem gerenciado a necessidade e está abastecendo as unidades. Já houve a contratação da empresa responsável pelo fornecimento, sendo que o material deve ser entregue no decorrer desta semana. Quanto ao combustível, está havendo a substituição da empresa responsável pelo fornecimento e, em razão da mudança, o procedimento de abastecimento sofrerá alterações no transcorrer da semana. As atividades emergenciais permanecem inalteradas, sendo que nenhuma atividade será prejudicada.”

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