Cotidiano

Merendeiras pedem ajuda para sobreviver

Trabalhadoras de escolas estaduais estão há três meses sem receber e passam por dificuldades

Grávida de 6 meses e com 2 filhos pequenos para sustentar, a seletivada G.D.S, 26 anos, entrou em depressão por conta dos problemas financeiros que enfrenta.

“Sou separada e tenho dois filhos para sustentar. Trabalho todos os dias e tenho direito a receber meu salário. Agora serei despejada por não ter como pagar aluguel e não tem quem me ajude, nada fazem em relação a nossa situação” disse.

Com salários atrasados há cerca de três meses, ela e outras merendeiras das escolas estaduais passam por dificuldades para conseguir sobreviver e pagar as despesas como aluguel, agua e luz além de dinheiro para comprar comida.

Algumas deixaram de ir trabalhar pois não tem como pagar o transporte até as escolas.

Segundo denúncia feita pelas funcionárias seletivadas, o ordenado referente aos meses de dezembro e janeiro não foi depositado, sendo que existem outras trabalhadoras contratadas por meio de processo seletivo realizado em 2016 que não recebem desde novembro.

“O último pagamento depositado referente ao mês de novembro foi no dia 13 de dezembro de 2017. Para a liberação de salários, todos os meses é preciso pagamento de R$ 60 reais, referente à nota de empenho, que temos que levar na Sefaz para dar baixa”, disse. “No mês de dezembro eu paguei duas notas; de dezembro e janeiro, desde então a gente não recebe e quando volto lá, nos informam que não tem sistema para efetuar o pagamento”, complementou.

Ainda conforme a merendeira, a situação tem ocasionado transtornos à sua vida e de sua família. “Está muito difícil ter que enfrentar essa situação, estou muito abalada devido as contas atrasadas, sem ter condições de alimentar meus filhos, estamos sobrevivendo da ajuda de familiares”, lamentou.

“Além disso, eu não tenho como ir ao trabalho e estou pegando falta”, disse a trabalhadora.

O OUTRO LADO – A equipe de reportagem da Folha Web entrou em contato com a Secretária Estadual de Educação (Seed), que informou, por meio de nota, que o envio de pagamento de  merendeiras, cuidadores, intérpretes em libras e funcionários do Centro de Equoterapia foi encaminhado ao banco e deve estar disponível aos servidores em até 48 horas.