As terras raras, minerais estratégicos para a fabricação de equipamentos de alta tecnologia, ganharam destaque no Amazontech 2025, realizado em Boa Vista.
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Pesquisadores do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Roraima (UFRR) apresentaram ao público a importância desses elementos, presentes no dia a dia em produtos como celulares, televisores de LED, satélites e até sistemas de aviação.
Durante a palestra, os professores Vladimir de Souza, Valdinar Ferreira e Carlos Vieira, responsáveis pelos estudos, ressaltaram que Roraima já possui ocorrências conhecidas desses minerais, como as areias monazíticas, analisadas em projetos de iniciação científica na própria universidade.
Segundo o professor Vladimir de Souza, os avanços científicos da UFRR abrem portas para parcerias nacionais e internacionais.
“Hoje já conseguimos realizar aqui na universidade análises que, há dez anos, eram impensáveis. Usamos microscópio eletrônico, difração de raios-X e equipamentos de geoquímica de altíssima tecnologia. Esse avanço coloca Roraima na rota dos estudos de terras raras no Brasil”, destacou.
No final de agosto, a Folha noticiou em primeira mão que o Complexo Minerário Barreira, localizado em Caracaraí, foi identificado por estudos geológicos como a maior concentração de terras raras já registrada no planeta. A área, que ultrapassa 100 mil hectares, abriga ainda três categorias inéditas de minerais estratégicos: terras raras, metais do grupo da platina (PGMs) e minerais críticos.