O principal curso de água de Roraima, o rio Branco, registrou o nível de 60 centímetros (cm) nesta quarta-feira (29). O nível é o menor do ano, uma vez que diminuiu 20 cm desde o início de novembro, quando foi considerado o menor volume de 2023, e desde 2016.
Há sete anos, o volume do rio Branco atingiu – 59 cm em uma seca histórica com efeitos do El Niño. Na época, a estiagem iniciou em outubro de 2015 e seguiu até meados de fevereiro de 2016, conforme dados da Hidrotelemetria do ANA (Agência Nacional de Águas).
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Este ano, com o retorno do fenômeno, o rio vem secando desde agosto. Conforme o monitoramento da Agência, o volume saiu de, aproximadamente 2,30, metros para 0,60 m em três meses, uma queda de 1,70 m.
Os prognósticos da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) mostram que a tendência é a continuação da estiagem, onde a atenção deverá ser maior entre fevereiro, março e abril, que costumam ser os meses mais intensos do verão em Roraima.
“A segunda quinzena do mês de setembro marca o final do período chuvoso no estado. O que terá como
consequência a diminuição dos principais rios da Sub Bacia Rio Branco (Rio Tacutu, Uiramutã e
Uraricoera). Tendo em vista que as chuvas devem diminuir do mês de setembro em diante, recomenda-se que o Comitê de Queimadas do Estado de Roraima intensifique o monitoramento nas áreas de risco
consideradas vulneráveis à estiagem, queimadas e incêndios florestais”, explica o Boletim Hidrometeorológico da Fundação.
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Orientações para consumo consciente
A Companhia de Água e Esgoto de Roraima (Caer) já informou que a empresa está preparada para enfrentar o período de seca, mesmo que o rio Branco atinja, pelo menos, – 30 cm. Segundo a companhia, o volume de água produzido deve suprir toda a demanda de água.
No entanto, ainda recomenda que, desde já, o uso da água potável deve ser consciente, moderado e responsável. Dentre as dicas sugeridas pela Caer, estão:
- Evitar lavar calçadas com água diretamente da torneira, optando por aproveitar água já usada na lavagem de roupas, por exemplo;
- Reduzir o tempo de banho;
- Manter as torneiras bem fechadas;
- Ensinar as crianças a utilizar apenas o necessário para higiene das mãos e escovar os dentes;
- Substituir torneiras antigas por modelos de pressão ou com sensores, que chegam a reduzir o consumo de água em 40%;
- E, instalar arejadores de vazão dos bicos das torneiras. Os arejadores misturam ar na água, gerando a sensação de mais volume. A economia com estes aparelhos pode chegar a 75%.
