Cotidiano

Mais processos por improbidade administrativa são julgados em 2020

No ano passado, o TJRR julgou 118 processos relativos aos crimes contra a administração pública, à improbidade administrativa e aos ilícitos eleitorais. Esse desempenho significou um grau de cumprimento de 107,74%.

Em 2020, mesmo com a necessidade da atuação com distanciamento social, o TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima) obteve desempenho superior ao ano de 2019 e julgou 118 processos referentes às Metas 4 e 6 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

A Meta 4 prioriza o julgamento dos processos relativos aos crimes contra a administração pública, à improbidade administrativa e aos ilícitos eleitorais. Já a Meta 6 trata do julgamento das ações coletivas.

Esse desempenho significou um grau de cumprimento de 107,74% nos processos de improbidade administrativa; e 127,78% nos processos de Crimes Contra a Administração Pública. Nas ações coletivas, os percentuais de 155,43% para processos do 1º Grau e 123,49% para processos da 2ª instância.

Foi realizado um mutirão para garantir a celeridade. O coordenador, desembargador Almiro Padilha, explicou que, para o alcance dessas metas, as equipes do TJRR fizeram, inicialmente, um processo de mapeamento destes processos e a Corregedoria, por sua vez, atuou monitorando e orientando as atividades realizadas em cada Vara e Comarca do Estado.

“Magistrados e servidores do TJRR, mesmo em tempos de pandemia, puderam contar com a estrutura que a instituição já tinha em termos de tecnologia, o que contribuiu sobremaneira para que os trabalhos pudessem ser intensificados, além do preparo de todos, oportunizado pelas constantes atividades de aperfeiçoamento realizadas no Poder Judiciário”, comentou, ao destacar ainda a contribuição das instituições parceiras para o andamento desses processos, como o Ministério Público, Defensoria Pública, Polícias, Procuraria-Geral do Estado e OAB.

Para a secretária de gestão estratégica do poder judiciário, Inaiara Sá, o tribunal atingiu índices importantes e que superaram os de 2019. Ela destacou ainda que, durante a pandemia, as equipes do TJRR trabalharam em regime de mutirão de descongestionamento dos processos inseridos nas metas 4 e 6 do CNJ, prorrogando a Portaria Conjunta número 4, que havia instituído o mutirão em 2019. A prorrogação continua valendo para o ano de 2021.

“As metas nacionais do poder judiciário representam o compromisso dos tribunais brasileiros com o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, buscando proporcionar à sociedade serviço mais célere, com maior eficiência e qualidade. Desta forma, o cumprimento das metas pelo TJRR representa o compromisso com a sociedade, pautado na qualidade da prestação de seus serviços”, comentou.

METAS

As metas nacionais foram traçadas pela primeira vez em 2009, resultantes de acordo firmado entre os presidentes dos tribunais para o aperfeiçoamento da Justiça brasileira. Tradicionalmente, as Metas Nacionais são votadas e aprovadas pelos presidentes dos tribunais no ENPJ (Encontro Nacional do Poder Judiciário), evento organizado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que ocorre anualmente e reúne a alta administração dos tribunais brasileiros.

A partir de 2013, com a instituição da Rede de Governança Colaborativa do Poder Judiciário, houve maior inclusão de atores, representantes de tribunais, para participar da revisão da estratégia para o período 2015-2020 (que culminou na Resolução 198/2014) e de reuniões preparatórias de elaboração das Metas Nacionais.

Com o ciclo da Estratégia Nacional 2015-2020, o processo de formulação das Metas Nacionais passou a ser mais democrático e participativo; e a cada ano o CNJ vem buscando aperfeiçoar esse processo, a fim de torná-lo mais transparente e possibilitando maior envolvimento das pessoas.