Cerca de 1.244 crianças e adolescentes venezuelanos receberam apoio para realizar a matrícula escolar em Roraima. O auxílio às famílias refugiadas e migrantes ocorreu pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em parceria com o Instituto Pirilampos e AVSI Brasil, e em coordenação com a rede pública de ensino.
O mutirão integra a campanha “Fora da Escola Não Pode”, promovida em janeiro em todos os abrigos humanitários para refugiados e migrantes em Boa Vista, no Posto de Recepção e Apoio (PRA) e em ocupações espontâneas. Entre as crianças e adolescentes, 655 foram apoiados nos abrigos da Operação Acolhida na capital. Destes, 252 ainda aguardam a vaga e têm os processos acompanhados pelas equipes.
“Crianças e adolescentes refugiados e migrantes, assim como suas famílias, enfrentam muitos desafios para conseguir estudar e se manter na escola – o primeiro deles é o processo de matrícula. O nosso apoio é para, junto com os parceiros, remover essas barreiras de forma a garantir que o direito à educação seja assegurado a todos os meninos e meninas, não importa de onde venham”, afirma a chefe do Escritório do UNICEF em Roraima, Maria Estela Caparelli.
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Desde dezembro, as equipes do mutirão têm distribuído conteúdo informativo e organizado sessões informativas para as famílias. Na ação ocorrida nos abrigos, as equipes realizaram o processo de pré-matrícula em escolas municipais e estaduais por meio de ligação telefônica e, depois, encaminharam ao exame de classificação. No local, ainda, realizaram uma sessão de fotos 3×4 para as crianças e os adolescentes que não as possuem.
Em Pacaraima
A campanha ocorre agora na cidade de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. O mutirão nos abrigos integra a estratégia de Busca Ativa Escolar e foi realizado no âmbito do projeto Súper Panas, espaços que oferecem atividades de educação não formal e de apoio psicossocial para crianças e adolescentes refugiados e migrantes da Venezuela.
As atividades são mantidas por meio do apoio do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (Echo, na sigla em inglês) e do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês).
Em coordenação com a rede pública de educação, o UNICEF e parceiros continuarão acompanhando os casos atendidos, de forma a garantir que as famílias consigam concluir a matrícula e assegurar que essas crianças e esses adolescentes estejam na escola.
