FORÇA MATERNA

Mães de UTI: entre a aflição e a esperança de levar os filhos para casa

Conheça relatos de mães que esperam ansiosas pela alta de filhas após partos prematuros

Mães de UTI: entre a aflição e a esperança de levar os filhos para casa

Logo no início do elo materno, durante a gestação, as mães idealizam o momento do parto e da ida para casa com seu filho. No entanto, por inúmeros motivos, o parto prematuro pode acontecer e a consequência disso é manter o recém-nascido internado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIn). E é nesse momento que as mães passam pela aflição e a esperança de estar ao lado dos filhos.

Na maternidade Nossa Senhora de Nazareth, a dona do lar, Valéria Brandão, de 29 anos, relatou a aflição que passou quando descobriu que tinha uma infecção. Isso ocasionou o parto prematura da filha Isis Thalita, na época com 29 semanas, e a passagem da recém-nascida por diálise.

“Ela já nasceu com um diagnóstico muito grave e elevado. Ela ficou entubada, mais ou menos, um mês na UTIn, passou por exames para verificar e aí foi constatado que estava com uma infecção generalizada, que acabou atacando os rins dela”, contou a mãe. “Mas foi [um período] difícil. Só coração de mãe sabe que é desesperador porque a qualquer momento eu achava que eu podia perder ela, era um caso muito grave”, completou.

Valéria está à espera de que Isis aumente o peso para que possa receber alta. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Atualmente, após quase dois meses do nascimento, Isis continua internada na Maternidade, mas passando pelo Método Canguru para ganhar peso e receber alta. Valéria e o pai acompanham diariamente a filha e não veem a hora de apresentar a pequena aos irmãos e familiares.

Tem que ter muita fé

Luma também está no Método Canguru e Geisa aguarda com esperança a alta da filha. (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

A aflição de ver o filho na UTI pode ser superada apenas com muita fé e esperança. Esse foi o conselho da psicóloga, Geisa Rocha, de 30 anos, mãe de Luma, uma bebê também prematura. Geisa passou por uma gravidez gemelar, mas, por intercorrências, perdeu uma das meninas e lutou pela vida da pequena, que nasceu de 28 semanas.

“Só com muita fé em Deus e apoio da equipe médica. Porque acolhem a gente e mostram a importância de ter esse contato pele a pele com o bebê. A evolução da minha menina aqui foi grande e hoje ela é meu milagre”, relatou.

Para Geisa, mesmo com a preocupação diária, ser mãe de UTI é ver o processo de desenvolvimento dos filhos mais de perto, com mais atenção. “Vi ela superar cada dia, vencer cada dia”, afirmou.

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