Cotidiano

Litro da gasolina chega a R$ 4,29 em Boa Vista

Petrobras anuncia maior valor nas refinarias desde outubro do ano passado

Um novo reajuste no preço do litro da gasolina pegou muitos boa-vistenses de surpresa. Em menos de uma semana, o aumento de R$ 0,30 levou o combustível a R$ 4,29 já aplicados a partir de sábado, 6, nos principais postos da capital. A Petrobras anunciou o aumento de R$ 0,10 do litro nas refinarias um dia antes, saindo de R$ 1,8326 para R$ 1,9354, o maior do ano. O valor do diesel se mantém inalterado nas refinarias.

Em Boa Vista, os valores continuam aumentando após uma série de reduções nos meses anteriores. Em março, ainda era possível encontrar o litro da gasolina entre R$ 3,97 e R$ 3,99, para pagamento somente com dinheiro ou cartão de débito. Nas placas que informam os novos valores em um posto de gasolina do bairro São Pedro, o combustível sai por R$ 4,25 se for pago à vista. Caso opte pelo cartão de crédito, o valor é de R$ 4,37. O etanol fica na faixa de R$ 3,77.

Já no Pricumã, o valor do litro da gasolina se mantém em R$ 4,25 para venda somente na opção dinheiro ou cartão de débito em um dos postos. O diesel comum custa R$ 3,59 e o S-10 R$ 3,68, também à vista. Um posto do bairro São Vicente está com valores de R$ 4,39 para a gasolina comum, R$ 4,29 a aditivada e diesel e etanol custam R$ 3,69.

Em alguns postos, a equipe da Folha constatou que o novo preço ainda não estava sendo aplicado, mantendo-se os R$ 3,99 antes do reajuste, a exemplo de um estabelecimento no bairro Mecejana. No Centenário, ainda estava valendo o mesmo preço, com pagamento à vista e R$ 4,09 no cartão de crédito.

Diante de mais um aumento, que soma 28,3% no acumulado do ano, o técnico agrícola Oziélio Messias criticou o cenário político atual que reflete diretamente no aumento do dólar. Ele relatou ainda que gasta em torno de R$ 120 semanalmente para abastecer os dois veículos, sendo um deles utilizado para viagens até o sítio. “Seria bom se estabilizasse, porque a gente precisa continuar andando, não é?”, lamentou.

Acompanhando o pai, Oziélio Martins Filho reclamou do aumento. Ele esperava que houvesse uma redução no valor do litro. “A gente chega a gastar entre R$ 50 e R$ 70 em uma semana. É um absurdo”, criticou.