Cotidiano

Imagens mostram BR-174 alagada no Sul de Roraima; veja vídeo

Nos vídeos, quase não dá para ver a superfície da rodovia federal

Imagens aéreas gravadas na manhã desta segunda-feira (23) pelo colunista Gildo Júnior, da coluna Roraima ao Extremo, mostram as águas do rio Jauaperi cobrindo um trecho da BR-174, no Município de Caracaraí, no Sul de Roraima.

Nos vídeos, quase não dá para ver a superfície da rodovia federal. Do alto, os protagonistas são as placas de trânsito, as árvores e os veículos. Um motociclista aparece trafegando pelo local, na luta contra a correnteza.

Um vídeo enviado pela leitora Ana Luiza Alves mostra a situação da rodovia por baixo, em que os motoristas arriscam a passagem pelo mesmo trecho.


Situação pela manhã no rio Jauaperi (Foto: Reprodução/Ana Luiza Alves)

O diretor executivo de Proteção e Defesa Civil do Corpo de Bombeiros, Cleudiomar Ferreira Alves, confirmou a interdição do trecho.

O policial rodoviário federal Diego Porto confirmou por volta das 14h15 que as águas do rio Itã, em Caracaraí, sobre a via estão “um pouco mais altas” e com a correnteza forte. “A recomendação é não atravessar áreas de alagamento na via”, destacou.

A situação também preocupa os empresários do Estado. O presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus de Roraima, Remídio Monai, disse que cobrou do DNIT-RR (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) informações sobre a situação dos rios Itã e Jauaperi. “Nesta noite, passamos com muita dificuldade por onde a água está sobre a pista. Estou aguardando um retorno pra ver o que [vamos fazer sobre as rotas de ônibus]”, disse.

A Folha tentou contato com o superintendente do DNIT-RR, Marcelo Geber, mas a ligação foi encaminhada para a caixa postal.

Outros lugares do Estado


Ponte sobre o rio Cachorro submersa (Foto: Divulgação)

Cleudiomar Alves citou, ainda, outras localidades do Estado que merecem atenção especial da Defesa Civil, como na BR-432, no Município de Cantá, em virtude do transbordamento do rio Cachorro. O Projeto de Assentamento Pau Brasil, na vicinal 21, e a vila Central, foram alguns locais afetados.

O diretor executivo de Proteção e Defesa Civil do Corpo de Bombeiros também citou o deslocamento de uma equipe para atuar na Comunidade Indígena do Pium, onde ao menos 210 famílias estão há três dias em áreas alagadas.

Ademais, o órgão foi acionado para resgatar pessoas em ilhas do rio Uraricoera, no Município de Amajari. “Amanhã cedo a equipe desloca pra lá. Mas independentemente da nossa equipe chegar lá, a própria Prefeitura está atuando lá, fazendo as remoções das famílias”, explicou.