Cotidiano

Filas quilométricas marcam recadastramento de servidores

A medida foi tomada pelo interventor general Pazuello, nomeado por Temer para gerenciar a Sefaz até o fim do ano

Cerca de 21 mil servidores públicos estaduais estão sendo convocados para fazer o recadastramento e comprovação de vida para terem direito ao recebimento de salários atrasados, conforme havia adiantado a reportagem da Folha. 

A medida foi tomada pelo interventor federal general Eduardo Pazuello, indicado pelo presidente Michel Temer (MDB) para gerenciar a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).

Nas secretarias e autarquias ligadas ao Governo do Estado, a cena mais comum nesta terça-feira, 18, é filas quilométricas. Todo o recadastramento está sendo acompanhado de perto por um militar encarregado de fiscalizar, juntamente com os chefes de Recursos Humanos (RH), os documentos e presença de ponto dos trabalhadores.

“Sabemos que é necessário primar pelo princípio da boa fé objetiva, que todo o cidadão precisa ter conduta legal, honesta e proba, mas também partindo da questão da razoabilidade, a gente entende que essa medida não é adequada para o momento, tendo em vista que não podemos partir do pressuposto de que a maioria esmagadora dos servidores públicos é desonesta. Tem que se partir do ponto de vista que são pessoas probas”, destacou o presidente do Sindicato dos Fiscais de Tributos do Estado de Roraima (Sinfter), Jorge Teixeira, em entrevista ao programa Bom Dia Roraima, da Rádio Folha FM 100.3.

A ideia do Governo é dar maior transparência na aplicação dos recursos que estão sendo liberados pelo Governo Federal, como forma de socorro a grave crise financeira que vem castigando o Estado nos últimos meses.

“Nós também queremos e defendemos essa transparência e uma maior lisura na aplicação desses recursos, tanto é que a intervenção só ocorreu graças a esse movimento contundente de todos os servidores públicos contra a corrupção que se instalou no Governo. Entretanto, estamos às vésperas das festas de fim de ano e se o pagamento não ocorrer, haverá um efeito negativo no comércio e haverá um prejuízo na economia do Estado, pois os contribuintes não vão poder repassar seus tributos no início do mês”, acrescentou o sindicalista.

VEJA A ENTREVISTA COMPLETA NA LIVE

BOM DIA RORAIMA -18/12/2018