SOLIDARIEDADE

Família em vulnerabilidade pede ajuda após bloqueio de benefício

Adriana e Lucas são deficientes físicos e apenas o menino recebia o BPC

A família vive com R$ 600 do bolsa família, ajuda de uma amiga e venda de trufas. (Foto Nilzete Franco/FolhaBV)
A família vive com R$ 600 do bolsa família, ajuda de uma amiga e venda de trufas. (Foto Nilzete Franco/FolhaBV)

A reportagem da FolhaBV acompanha mais um caso de solidariedade. Dessa vez com Adriana da Silva e e seus dois filhos, Lucas Thayson, de 16 anos, e Ana Julia, de 10.

A família tem passado por dificuldade econômica e social após o bloqueio do BPC (Benefício de Prestação Continuada) de Lucas, que é deficiente físico. Segundo relata Adriana, o benefício foi bloqueado em 2019.

Desde então, a família tem sobrevivido com ajuda de uma amiga, venda de trufas e com o valor de R$ 600 do Bolsa Família.

“ Eu não posso trabalhar porque eu sou deficiente e meu problema na perna não me deixa ficar muito tempo em pé. Eu até tentei emprego em uma loja, mas como recebo benefício, disseram que não podia ficar e eu corria risco de perder”, relata.

O Bolsa Família, de acordo com ela, só dá para pagar o aluguel de um quarto em uma vila no bairro Senador Hélio Campos. “Eu não tenho dinheiro para comida, não tenho nada, nem geladeira”.

Dificuldade ao BPC

Adriana e os filhos moravam de favor na casa da amiga há anos, mas decidiu procurar um canto só seu após saber que o filho poderia voltar a receber o BPC, o que ajudaria na alimentação e aluguel.

Adriana da Silva não pode trabalhar devido problema nas pernas. (Fotos: Nilzete Franco/FolhaBV)

No entanto, foi informada pelo advogado e o banco que não seria possível sacar os valores. Isso porque a conta, onde o benefício era depositado, não estaria no nome dela, mas em nome do pai de Lucas, Raimundo, que teve três AVCs e não tem mais consciência.

À FolhaBV, Adriana explicou que já realizou todo o processo de procuração e alteração desses dados antes de Raimundo sofrer com as graves sequelas da doença. Porém, mesmo com as atualizações, o valor retornou ao INSS e agora ela não tem expectativa sobre o dinheiro, uma vez que pagará os honorários do advogado e os adiantamentos que ele já realizou.

“É muito tempo para esperar. A fome dói agora”, reflete.

Solidariedade

Adriana e os filhos moram em uma vila na avenida S-24, bairro Senador Hélio Campos. Quem se interessar em ajudar, pode entrar em contato com ela pelo telefone (95) 99173-9493.