Cotidiano

Falta de manutenção em rede elétrica tira alunos de escola

Crianças de até cinco anos que estudam em escola de Caracaraí iniciaram o ano letivo em outro prédio após escola não passar por manutenção; alunos maiores permanecerão na unidade, sujeitos a curto-circuito e incêndios

Pais de alunos da Escola Municipal Criança Feliz, em Caracaraí, no interior de Roraima, entraram em contato com a FolhaBV para contar que apesar do início do ano letivo no município, a escola está funcionando de forma parcial em razão de um problema na instalação elétrica e alunos estão sendo deslocados para outros prédios, que não tem condições para recebê-los.

A escola atende a crianças que estudam do 1º período a 4ª série e teve as aulas suspensas em outubro do ano passado em razão de um problema na instalação elétrica. O ano letivo de 2022 foi finalizado de forma remota. Desde então o problema não foi resolvido.

“As aulas iniciam hoje, mas as crianças de 4 e 5 anos vão ter que estudar em outro prédio porque a escola continua com problema de energia. Foram três meses para resolver e desde então nada foi feito”, conta a funcionária pública Adnes Lima, que é mãe de um aluno de cinco anos que estuda na escola.

Os alunos de turmas menores foram direcionados a outra unidade, que é mais longe, enquanto os alunos maiores permanecem estudando no prédio da escola, que está sujeito a problemas decorrentes da instalação elétrica, como curto-circuitos e incêndios.

Ainda de acordo com a mãe, eles entraram em contato com a direção da escola e foi dito que não há prazo para manutenção da rede elétrica e que a Prefeitura já havia sido avisada pela Roraima Energia que a instalação elétrica da escola não suportava a demanda de energia que vinha de equipamentos como as centrais de ar, por exemplo.

“Foi decidido na sexta feira, tudo em cima da hora. Entramos em contato com a direção da escola e disseram que não tem prazo para ajeitar e que o gasto para a reforma é muito alto, mas a Prefeitura vai gastar para fazer uma festa de carnaval de quatro noites”, complementa a funcionária pública, que não descarta acionar o Ministério Público caso o problema não seja resolvido.

A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Caracaraí e aguarda o retorno.