Os candidatos que desejam prestar vestibular para a Universidade Federal de Roraima (UFRR) têm até as 23h59 desta sexta-feira, 9, para inscreverem-se. São 852 vagas em 38 cursos de graduação e um de tecnologia, incluso cotistas e deficientes. Vagas remanescentes poderão ser preenchidas por oriundos do Processo Seletivo Unificado (SiSu/Enem). Neste ano, também haverá 40 vagas para o curso de Agroecologia, no campus Murupu, na zona rural de Boa Vista.
O vestibular é feito através da Prova Integral (PI) e do Processo Seletivo Seriado (PSS) nas três etapas. No PSS, alunos do 1º ano do ensino médio fazem uma prova equivalente aos seus conhecimentos, continuando na prova para o 2º ano e culminando na terceira fase do Processo Seletivo, no 3º ano do ensino médio. Já a PI é para quem já concluiu o ensino escolar ou para quem deseja realizar um único certame ainda no ensino médio.
No ato da inscrição deverão ser preenchidos a Ficha de Inscrição e o Questionário Socioeconômico. Após a confirmação o comprovante e o boleto da taxa devem ser impressos. O pagamento pode ser feito até o dia 12 de setembro. As taxas são de R$ 60,00 para os PSS 1 e R$ 2,70 para o PSS 3 e R$ 90,00 para a Prova Integral.
PREPARAÇÃO – Em um cursinho pré-vestibular, no Centro, o professor de física Wladimir Parente disse que há três turmas a mais do que o ano passado, todas com apostilas de exercícios de vestibulares roraimenses e de outros estados preparadas pelos professores. Ele explicou que todos os matriculados vão prestar o vestibular da UFRR, por isso há turmas para todos os tipos, com de PSS com 50 a 80 alunos em cada sala.
“No ano passado foi o recorde de aprovação: eram 80 vagas de Medicina na UFRR e metade delas ficou com alunos nossos. Ainda aprovamos gente em Medicina em outros estados, sem contar os calouros de Engenharia Civil, Elétrica, etc, na UFRR”, disse Parente.
Um de seus alunos é João Dias. “Eu terminei o ensino médio em 2008 em uma escola pública indígena, e lá muitos professores que não eram especialistas em uma disciplina davam aula nelas, tornando o ensino fraco. O cursinho complementou bastante”, explicou. Após sete anos, que envolveram procura por emprego e curso técnico, Dias se matriculou em 2016 para o vestibular da UFRR. “Resolvi tentar em enfermagem, que é o que tem a ver comigo”.
Para histórias como a dele, o professor Wladimir Parente tem um conselho: não perder a esperança. “É difícil. A cada ano repetindo, fica mais complicado, mas o aluno não deve faltar aula nem nos feriados. Mas também não achar que só vir resolve. Deve tirar dúvidas com os professores e estudar em casa, deixar de lado aquelas festas que o tiram do foco, depois a recompensa sai no nome dos aprovados”.(N.W)