Cotidiano

Especialista alerta para o risco de crianças engolirem pequenos objetos

Principais riscos são sufocamento, infecções e até perfuração do sistema digestivo

Até os dois anos, os bebes têm a tendência de colocarem vários objetos na boca. Esta é uma forma instintiva que eles têm de experimentar as coisas novas do ambiente que desconhecem. Este hábito é comum nos primeiros anos de vida, mas requer atenção dos pais, pois pode causar até a morte da criança, dependendo do objeto engolido. Os mais comuns são moedas, espinha de peixe e plásticos.

Segundo a médica Thalita Gomes, especialista em gastroenterologia e cirurgia geral, que alertou para os riscos de um objeto engolido. “Caso, o objeto engolido esteja alojado na via respiratória, a criança terá um desconforto, começará a tossir e não vai conseguir respirar. Se a criança engolir uma bateria e não conseguir se alimentar é importante que ela seja retirada em menos de 2 horas, porque o objeto produz inflamação no esôfago.”

A secretária Marília Dias, de 35 anos, passou por essa experiência com a filha, a pequena Valenthina, de 3 anos. Ela contou que a criança encontrou uma moeda de R$0,05 e a colocou na boca. “Ela correu pra mim, indicando que tinha algo preso na garganta. Fiquei com medo de tentar tirar e piorar a situação, e corri para o hospital. Mas graças a Deus, ficou tudo certo”, lembrou a mãe da criança.

Para evitar riscos, o ideal é que objetos ou produtos potencialmente perigosos estejam bem guardados, longe do alcance de crianças.

Soda cáustica 

Outro risco para as crianças é a soda cáustica, que segundo a médica, e uma grande inimiga das crianças. 

“Evitem ter em casa soda cáustica. É um problema de saúde pública. Geralmente é guardado em garrafas plásticas transparentes e tem cor rosa, que confundem com suco. Esse produto produz lesões inflamatórias graves como úlceras, estenoses no esôfago e estômago, que podem bloquear a passagem do alimento. Algumas pessoas ficam com sequelas durante toda a vida, com dificuldade para se alimentar. Precisam fazer dilatações do esôfago ou operar o esôfago. Importante que os pais não tentem amenizar em casa, leve imediatamente ao hospital” alertou.