Um espaço voltado para a capacitação de migrantes venezuelanos e introdução deles no mercado de trabalho brasileiro, foi inaugurado nesta quarta-feira (23), no bairro 13 de Setembro, em Boa Vista. O projeto “Acolhidos por Meio do Trabalho”, é uma iniciativa da Associação Voluntários para o Serviço Internacional Brasil (AVSI Brasil).
O espaço de formação fica no mesmo local do Centro de Coordenação de Interiorização (CCI) da Operação Acolhida. O prédio foi cedido pelo governo de Roraima à Força-Tarefa Humanitária por seis anos. O estado também integra a ação por meio da Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes).
Os cursos profissionalizantes e de língua portuguesa para estrangeiros, vão ocorrer em cinco salas do prédio, sendo cada uma com capacidade para 20 alunos. O objetivo é que as aulas ocorram em dois turnos.
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A coordenadora do Acolhidos por Meio do Trabalho, Diana Kraiser, explica que o projeto tem parcerias em 11 estados e já capacitou aproximadamente 2 mil migrantes.
“A meta principal desse projeto é realizar a capacitação para que a gente possa interiorizar e realocar venezuelanos que estão aqui, principalmente nos abrigos da Operação Acolhida, para outras partes do Brasil”, disse Diana.
A secretária-adjunta da Setrabes, Isadora Braga, explicou que o governo vai ofertar cursos de qualificação profissional, preparação para entrevistas, elaboração de currículos e artesanatos. Os migrantes também serão encaminhados ao mercado de trabalho por meio do Sistema Nacional de Empregos (Sine).
“Nós já temos um acordo com a Coordenação de Interiorização. O Sine estará presente dentro dessa coordenação, o que vai facilitar que o migrante não se precise se deslocar até a nossa sede na [avenida] Mário Homem de Melo. Por aqui, ele vai fazer toda a verificação de vagas de emprego e será encaminhado ao mercado de trabalho com mais facilidade”, explicou Isadora.
O projeto Acolhidos por Meio do Trabalho é financiado com recursos do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM), do governo dos Estados Unidos. A iniciativa também conta com o apoio de organizações não governamentais que atuam no acolhimentos dos migrantes venezuelanos.
