Cotidiano

Esgoto no Cinturão Verde será interligado

Após conclusão das obras de esgoto, moradores têm dúvidas em relação ao procedimento de instalação de esgoto residencial à rede

Desde o começo do mês de julho, os moradores do bairro Cinturão Verde, zona Oeste, estão sendo notificados pela Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) para que interliguem o sistema interno de esgoto de suas residências, no prazo máximo de 30 dias, às novas redes de esgoto. No entanto, alguns contribuintes ainda têm dúvidas em relação à implementação das caixas de inspeção e como devem proceder.

O presidente da Caer, Danque Esbell, explicou que os usuários que já tenham as caixas instaladas pela companhia previamente podem conectar o sistema interno de dejetos das suas casas à rede pública de esgoto. “Quem não tiver as caixas de inspeção em frente à sua casa só precisa pedir para que a Caer faça a ligação”, disse.

Uma vez instalada a caixa de recepção ao esgoto público, o cliente deverá conectar a tubulação até o acessório instalado pela companhia, caso já não o tenha feito. Para se fazer a instalação da caixa, a companhia cobra um valor ao cliente pelo serviço. Dentro de casa, o serviço é particular e também deve ser custeado pelo proprietário da residência.

O gerente de sistema de esgoto, Evaldo Galvão, explicou que, uma vez vencido o prazo estipulado, a Caer começará a cobrar pelo serviço de esgoto. “Não vai se tratar de uma multa, mas sim do valor cobrado pela taxa de esgoto, que incide diretamente sobre o consumo de água do cliente”, relatou.

O valor cobrado é de 80% do que cada usuário gasta no consumo de água, esteja o serviço funcionando ou não. “Algumas pessoas podem achar ruim, mas a taxa é essencial para garantir um serviço que elas poderão cobrar futuramente, além de ser muito importante para evitar doenças e poluição do meio ambiente”, complementou Esbell.

Ele ressaltou que o artigo 45 da Lei de Saneamento 11.445/07 prevê a obrigatoriedade da instalação e conexão dos sistemas hidráulicos das residências. “O grande objetivo é fazer com que o esgoto não seja jogado no subsolo. É uma maneira de fazer com que as pessoas abandonem as fossas sépticas e utilizem as redes públicas, que estão preparadas para receber os dejetos”, frisou.

As redes que porventura estejam jogando este material na rede pluvial precisam ser imediatamente retiradas e adequadas ao sistema de esgoto. A drenagem, de responsabilidade da Prefeitura, só está designada para receber a água de chuva. Apesar de ilegal, no entanto, a prática é comum dentro da cidade de Boa Vista.

O Cinturão Verde e parte dos bairros Pricumã e Jóquei Clube estão incluídos na quarta etapa da adequação da rede de esgoto e estão sendo liberadas. A etapa deve terminar quando a elevatória, que está sendo construída na Via das Flores, no Pricumã, seja concluída. Toda a região, incluindo o bairro Buritis, será abrangida. O prazo para o término das obras é de dois meses. Futuramente, na quinta etapa, o Equatorial e parte do Nova Cidade serão contemplados.

O presidente da Caer adiantou que o intuito da companhia é englobar 93% da cidade no tratamento da água de esgoto. “Isto converteria Boa Vista na Capital brasileira com o maior índice de tratamento de esgoto no País”, destacou ao frisar que, desde a implantação mais intensa das caixas de inspeção, as reclamações em relação ao esgoto diminuíram.  “No domingo passado, por exemplo, só tivemos três reclamações do tipo”.

Segundo ele, as queixas relativas ao problema são as campeãs no serviço de atendimento da companhia. “Quaisquer dúvidas que os clientes tiverem em relação às caixas ou às instalações, peço que entrem em contato com a empresa, através do 0800-280-9520. Garanto que todas elas serão esclarecidas”, frisou Esbell. (JPP)