Cotidiano

Em 5 anos, 94,5 mil migrantes foram interiorizados pela Operação Acolhida

Força-Tarefa Humanitária foi criada em março de 2018. Atualmente, mais de 7,3 mil migrantes e refugiados estão acolhidos nos abrigos.

De abril de 2018 até janeiro deste ano, 94.531 migrantes e refugiados venezuelanos foram interiorizados de Roraima para outros estados do Brasil. A ação é realizada pela Operação Acolhida, Força-Tarefa Humanitária do governo brasileiro que completa cinco anos este mês.

A maior parte das interiorizações ocorre por via aérea. Foram 89.819 pessoas que viajaram em aeronaves e outras 4.712 pela via rodoviária. Eles foram recebidos por 914 cidades brasileiras, mas a maioria foi encaminhada para Curitiba, Manaus, São Paulo, Chapecó-SC e Dourados-MS.

O total de interiorizações, no entanto, representa apenas 10,52% de pessoas que entraram no país. O Subcomitê Federal para Acolhimento e Interiorização (SUFAI) contabiliza de janeiro de 2017 a janeiro de 2023, a entrada de 853.566 venezuelanos no Brasil. Destes, saíram 427.534 venezuelanos e 426.032 permaneceram em território brasileiro.

Com base nos registros de residência e solicitações de reconhecimento da condição de refugiado, 52% dos migrantes são homens e 48% são mulheres. Desse total, 20% são crianças de até 11 anos e 9% têm idade entre 12 e 17 anos.

Em 2019, conforme a Acolhida, 227.433 venezuelanos entraram no país, o maior número registrado até o momento. Nesse mesmo ano, foi registrado também o maior valor absoluto de permanência de venezuelanos no Brasil, sendo 124.796.

Atualmente, 7333 migrantes venezuelanos estão em abrigos administrados pela Acolhida. Segundo a Força-Tarefa, não há previsão para abertura de novos espaços de acolhimento, mas a melhoria das estruturas de atendimento e aumento da interiorização.

A Operação Acolhida é comandada pelo general Sérgio Schwingel, que deixará o cargo no próximo dia 21. Ele será substituído pelo general Helder de Freitas Braga

Esta é a terceira troca no comando da Força-Tarefa Humanitária. O general Eduardo Pazuello, que foi ministro da Saúde no governo Bolsonaro, foi o primeiro comandante. Ele deixou o cargo no início de 2020 e substituído pelo general Antonio Barros, que saiu em 2021. Schwingel foi seu sucessor.