Cotidiano

Diretora é acusada de mandar alunos com transtornos verem aula presencial

Reclamação cita que alunos diagnosticados com autismo, retardo mental, cadeirante e Síndrome de Down, que recebiam atendimento domiciliar devido à situação de vulnerabilidade, são os prejudicados com a exigência

A diretora da escola estadual Olavo Brasil Filho, no bairro Jóquei Clube, é acusada de desrespeitar as diretrizes estaduais da Educação Especial, ao exigir que alunos assistidos de forma remota, embora amparados legalmente, assistam às aulas presencialmente. A denúncia anônima, a qual a Folha teve acesso, foi apresentada ao Ministério Público de Roraima (MPRR) nesta quinta-feira (16).

A reclamação cita que alunos diagnosticados com autismo, retardo mental, cadeirante e Síndrome de Down, que recebiam atendimento domiciliar devido à situação de vulnerabilidade, são os prejudicados com a exigência. A presença deles, no entanto, não estaria acompanhada da necessária e devida oferta de um profissional pedagógico.

Ainda conforme a denúncia, a gestora teria dito não poder abrir mão da frequência escolar e que estaria formalizando a transferência de alunos, apesar de amparados legalmente, para outras unidades.

À Folha, a professora, que pediu anonimato, afirmou que “a gestora está ligando para os pais e dizendo que eles são obrigados a levar essas crianças pra escola independe do problema e da deficiência, caso contrário deve pedir a transferência”.

Procurada, a Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed) disse ainda não ter sido notificada oficialmente pelo MP e ressaltou que o caso será devidamente apurado com a gestão da escola, para que posteriormente sejam adotadas as providências cabíveis.