PROCEDIMENTO

Defensoria vai apurar falta de agentes na Polícia Civil

Comissão do Cadastro Reserva Oficial alega que há uma carência de 146 profissionais de cargos ofertados em concurso da Polícia Civil

Cidade da Polícia Civil, no bairro Caçari (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
Cidade da Polícia Civil, no bairro Caçari (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

Um procedimento administrativo foi instaurado pela Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE-RR) para verificar se há problemas na segurança pública. O motivo é a falta de agentes, peritos e auxiliares na Polícia Civil do Estado.

A medida foi tomada após a Comissão do Cadastro Reserva Oficial do concurso público da Polícia Civil de Roraima solicitar à DPE providências para solucionar a falta de agentes do órgão. O grupo alega que há uma carência de 146 profissionais, devidamente qualificados para ocupar os cargos ofertados no concurso.

Conforme a defensora pública Paula Regina e coordenadora do Grupo de Atuação Especializada em Defesa dos Direitos Coletivos (GAED) da DPE-RR, a defasagem de agentes na Polícia Civil coloca em risco a segurança da população e prejudica a investigação de crimes.

“A Defensoria Pública tem o compromisso de garantir a segurança pública como um direito fundamental de todos. Com a instauração deste procedimento, buscamos identificar as causas da defasagem e acompanhar junto ao Estado”, disse.

O objetivo do procedimento é coletar elementos para embasar a Defensoria Pública na busca de soluções para a questão. A partir da análise das informações, poderão ser propostas medidas como a formalização de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Governo do Estado, o ajuizamento de uma ação judicial ou o arquivamento do caso.

A partir de agora, a DPE informou que vai notificar os interessados e dará início à coleta de informações. A Delegacia Geral da Polícia Civil de Roraima e a Secretaria de Gestão Estratégica e Administração de Roraima (Segad) serão oficiadas para apresentarem informações sobre a situação.