Cuidadores municipais de Boa Vista iniciaram nesta terça-feira (8) greve a favor de pautas, como a redução da carga horária de 40 para 30 horas, e do aumento do quadro desses profissionais nas escolas do Município.
Centenas de servidores da área, a maioria ligados ao Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Boa Vista (Sitram), se reúnem nesta manhã, em frente à Prefeitura de Boa Vista, como forma de pressionar o prefeito Arthur Henrique (MDB). O ato começou debaixo de fraca chuva e os profissionais precisaram se abrigar debaixo das árvores do Palácio 9 de Julho.
Eles relataram que ainda não foram chamados por representantes do Poder Executivo municipal para tratar o assunto. A vice-presidente do Sitram, Lucinalda Coelho, afirmou que a ideia da redução da carga horária é garantir qualidade de vida para os profissionais, que são os únicos servidores do Município que ainda trabalham 40 horas semanais.
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Segundo a cuidadora Conceição Filha, os atuais 636 profissionais que trabalham na rede municipal de ensino são insuficientes para atender as cerca de 1.200 crianças que dependem de cuidado especial em sala de aula. Ela disse que os funcionários vão manter a greve até que o Município atenda as reivindicações.
Filha também criticou o Projeto de Lei da Prefeitura, que prevê aumentar o quadro de professores municipais – o qual tramita na Câmara Municipal de Boa Vista -, pois a proposta, apesar da justificativa garantir que reduziria a carga horária, não tem artigos que garantam essa condição.
Mãe de um filho autista de seis anos, a cuidadora Luciana Araújo da Luz afirmou que os profissionais estão sobrecarregados em sala de aula.
A FolhaBV procurou a Prefeitura para comentar a greve e aguarda retorno.
Nessa segunda-feira (7), o prefeito de Boa Vista disse nas redes sociais que vai mandar um Projeto de Lei à Câmara Municipal para ampliar o número de vagas de cuidadores, com o intuito de convocar profissionais do cadastro de reserva do último concurso e atender “toda demanda” de crianças com deficiência nas escolas do Município.
Arthur Henrique, no entanto, não detalhou quantitativamente a demanda, tampouco quantos cuidadores pretende chamar.
