Cotidiano

Comunidades indígenas do Baixo São Marcos recebem casa de farinha móvel

Proposta é que a população de 13 comunidades não precise fazer o processo de mandiocultura manualmente.

As comunidades indígenas do Baixo São Marcos receberam uma casa de farinha móvel nesta quinta-feira (1º). A casa foi entregue na Comunidade Campo Alegre para atender 13 comunidades da região que terão outra alternativa na produção e processo da mandiocultura.

A casa de farinha móvel é a primeira de Boa Vista e faz parte das medidas de fortalecimento da agricultura familiar em áreas indígenas, realizadas pela Prefeitura da capital roraimense. A casa atenderá as comunidades de Aakan, Bom Jesus, Campo Alegre, Ilha, Darôra, Lago Grande, Mauixi, Milho, Reino de Deus, São Marcos, Três Irmãos, Vista Alegre e Vista Nova.

Para o coordenador regional dos tuxauas do Baixo São Marcos, Júlio Vieira, a aquisição da Casa de Farinha vai facilitar bastante a mão de obra das comunidades. Agora, a produção será muito mais rápida e ainda vai dobrar a quantidade de farinha produzida.

“É a primeira casa de farinha que recebemos e por ser móvel, vai atender todas as 13 comunidades. Eu vejo isso como um investido para os povos indígenas. A primeira comunidade a receber o equipamento será a Reino de Deus, que tem a maior produção de mandioca e em seguida faremos um planejamento rotativo, para atender a todas”, ressaltou o coordenador.

Uma segunda casa será entregue, segundo o prefeito Arthur Henrique, para atender outras cinco comunidades da região do Murupu, que são: Truaru da Cabeceira, Anzol, Serra da Moça, Serra do Truaru e Morcego. Ambos os equipamentos são oriundos de recursos de emendas parlamentares adquiridas pelo ex-deputado federal Édio Lopes. Cada uma teve custo de R$ 155.070,00 e somados chegam a mais de R$ 310 mil.


Arthur Henrique disse que ações de geração de renda são fundamentais para as comunidades indígenas do município. (Foto: divulgação)

Casa de farinha móvel
Segundo o secretário municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas, Guilherme Adjuto, essas casas de farinha são completas e podem ser movidas a óleo diesel ou a energia elétrica, além de serem facilmente deslocadas para áreas de lavoura, sendo puxadas por um trator ou caminhonete. Os produtores podem processar até uma tonelada de mandioca por dia.

“Esse equipamento vai facilitar o processamento da mandioca nas 13 comunidades dessa região. Em cada comunidade para onde a Casa de Farinha for deslocada, a equipe técnica da SMAAI fará o treinamento aos responsáveis para se ter uma melhor utilização possível desse novo equipamento”, ressaltou o secretário.

Arthur Henrique garantiu ainda mais R$ 4,5 milhões, também adquiridos pelo ex-deputado federal Édio Lopes, que serão investidos em novos maquinários como tratores, caçambas e escavadeiras, que atenderão tanto as comunidades indígenas, quanto os produtores rurais do município, com a proposta de aumentar mais a produtividade e gerar mais renda aos agricultores.